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Braé vende R$ 60 mi na Black Friday 2025, alta de 100%, com ofertas de 24h

Descontos por tempo limitado elevaram ticket; 5.000 afiliadas venderam R$ 5 mi no site da marca de beleza, que também apostou em marketplaces e lojas físicas

Renato Antunes: “Queríamos a dinâmica do portal 11/11, que abriria 00:01 e fecharia 23:59, com 50% a 70% de desconto no site” (Divulgação/Divulgação)

Renato Antunes: “Queríamos a dinâmica do portal 11/11, que abriria 00:01 e fecharia 23:59, com 50% a 70% de desconto no site” (Divulgação/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 06h01.

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A Braé entrou em novembro para vender muito em pouco tempo.

A empresa de tratamentos capilares e óleos corporais concentrou as ofertas em duas janelas de 24 horas, no 11/11 e na Black Friday do dia 28.

O mês fechou com R$ 60 milhões em sell out, o dobro de 2024. A divisão por canal veio de e-commerce próprio, marketplaces e varejo físico.

“A divisão ficou assim: R$ 25 milhões no site próprio, mais R$ 15 milhões por sites de terceiros e mais R$ 20 milhões no varejo”, diz Renato Antunes, fundador da Braé.

A base da campanha foi criar um evento com começo e fim no relógio, sem alongar novembro.

A empresa tratou o 11/11 como “portal” de um dia, com desconto amplo no site inteiro, e repetiu a régua na Black Friday.

Queríamos a dinâmica do portal 11/11, que abriria 00:01 e fecharia 23:59, com 50% a 70% de desconto no site”, afirma Antunes.

O 11/11 respondeu por 25% do mês. O dia da Black Friday em si trouxe outros 35%. Somados, os dois dias concentraram 60% da receita de novembro.

A estratégia mirou escassez temporal e desconto real, já que a marca não pratica reduções de preço no restante do ano.

O efeito apareceu no estoque: itens ficaram indisponíveis e a reposição foi projetada para fevereiro.

No digital, a empresa investiu cerca de 10% do faturamento total do mês em Google, Meta e CRM para sustentar o tráfego.

Aposta em 5.000 'brand lovers'

A conversão veio da base de colabs e de microinfluenciadoras com audiências pequenas e alto nível de confiança.

A rede de afiliadas, chamada de Brand Lovers, somou cerca de 5.000 perfis que venderam com links e cupons em Instagram e grupos de WhatsApp.

O programa opera o ano todo com comissão e prêmios, e recebeu estímulo extra nas duas janelas.

Só as afiliadas trouxeram R$ 5 milhões no nosso site”, diz Antunes.

As colaborações com criadoras de beleza completaram o desenho. A empresa concentrou 2025 em duas linhas assinadas e, em novembro, aplicou descontos altos por 24 horas para destravar o ticket mais caro.

A linha de maior valor entrou com até 60% de redução, o que atraiu consumidoras que acompanhavam as criadoras e não compravam a preço cheio.

Mesmo assim, o núcleo segue em tratamento capilar, que representa 95% das vendas.

A Braé foi fundada em 2015, em Miami, e chegou ao Brasil a partir de 2016, com sede em São Paulo. O primeiro produto foi o Bond Angel, voltado para descoloração em salões.

O portfólio cresceu com linhas profissionais e home care e a marca passou a trabalhar e-commerce, marketplaces e lojas físicas.

A Braé faturou mais de R$ 240 milhões em 2024.

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