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Black Friday 2015 deve ajudar empresas a desovar estoques

Segundo Maurício Vargas, presidente do ReclameAQUI, a edição da promoção coletiva deste ano deve ter bons descontos e melhor atendimento

Black Friday: expectativa é de que o evento movimente R$ 978 milhões de reais em 2015 (Thinkstock/MarkgrafAve/Thinkstock)

Luísa Melo

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 16h52.

São Paulo - A Black Friday deste ano deve ser "boa para o consumidor". É nisso que acredita Maurício Vargas, presidente do ReclameAQUI . A promoção coletiva ocorrerá daqui a dois dias, em 27 de novembro.

"A crise está aí, os estoques estão cheios. Tem empresa com 2 bilhões de reais em produtos parados, precisando colocar para fora. É um momento bom para o cliente", disse durante conversa com jornalistas nesta quarta-feira, em São Paulo.

Na opinião dele, os preços devem sofrer uma maior queda devido ao cenário econômico turbulento. "Nunca vi desconto de 70%, mas de 20%, 30%. E são bem atrativos", afirmou.

O executivo aposta que, além de ofertas significativas, as companhias também devem oferecer um atendimento mais qualificado ao cliente nesta edição.

"Espero que seja bem melhor que no ano passado. Existe um crescimento da qualidade no atendimento no Brasil. No e-commerce, grandes redes terão equipes de plantão para interagir por chat e telefone, por exemplo", disse.

Histórico

A primeira edição da Black Friday no Brasil foi organizada em 2010, mas o evento ficou mais conhecido apenas em 2011 e tomou conta das buscas do Google no ano seguinte, quando um grande número de companhias aderiu à ideia.

Em 2013, por conta de diversas reclamações de maquiagem de preços, a promoção começou a ser chamada de Black Fraude.

No ano passado, as ofertas coletivas movimentaram 879 milhões de reais, segundo dados do Busca Descontos–empresa que detém a marca Black Friday no país–fornecidos pelo ReclameAQUI.

Para este ano, a previsão é de que o faturamento chegue a 978 milhões de reais, um avanço de 12%.

Junto com o aumento das vendas, é esperado também um crescimento das reclamações de consumidores.

Em 2014, foram 12.502 queixas registradas no ReclameAQUI. Para 2015, a expectativa de é 15.000. O portal tem hoje 15 milhões de consumidores cadastrados.

Segundo Vargas, além das reclamações que normalmente surgem no dia da Black Friday–sobre queda de sites, preços errados ou maquiados e fretes abusivos–a edição deste ano deve trazer uma nova questão.

Os chamados marketplaces, vitrines de pequenos comerciantes que são anunciadas em sites de grandes varejistas, podem confundir os consumidores, alertou.

"O cliente compra de um outro vendedor que anuncia no Walmart, mas acha que está comprado do Walmart, por exemplo, porque isso geralmente não está claramente sinalizado, o nome da loja está bem pequeninho", disse.

De acordo com ele, caso surjam problemas em compras feitas em marketplaces, os grandes e-commerces devem ter responsabilidade solidária na hora de solucioná-los.

Redes consolidadas como Americanas, Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Submarino, AliExpress, Amazon, Magazine Luiza e Netshoes, entre outras, trabalham com esse tipo de sistema.

Vargas também aconselha o consumidor a comprar de companhias que ele já conhece durante o evento, para evitar cair em golpes. "Não é o momento para experimentar", disse.

Expectativas

Uma pesquisa realizada pela ReclameAQUI antes da Black Friday mostra que 61,97% dos ouvidos pretende adquirir algum produto durante o evento.

O levantamento abrangeu 11.790 consumidores cadastrados no site da empresa.

Entre os prováveis compradores, a maioria busca um smartphone (16,02%). Em seguida na lista de desejos aparecem os eletrodomésticos de linha branca (citados por 14,80%); as roupas, sapatos e acessórios (11,15%) e as televisões (10,98%).

Um quarto deles (25,79%) pretende gastar entre 1.000 reais e 2.000 reais na promoção.

Já entre os que não devem participar da Black Friday, a maior parte alega que não acredita nos descontos (66,22%). A falta de dinheiro por conta da crise também foi o argumento de 25,12% deles.

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São Paulo - A Black Friday deste ano deve ser "boa para o consumidor". É nisso que acredita Maurício Vargas, presidente do ReclameAQUI . A promoção coletiva ocorrerá daqui a dois dias, em 27 de novembro.

"A crise está aí, os estoques estão cheios. Tem empresa com 2 bilhões de reais em produtos parados, precisando colocar para fora. É um momento bom para o cliente", disse durante conversa com jornalistas nesta quarta-feira, em São Paulo.

Na opinião dele, os preços devem sofrer uma maior queda devido ao cenário econômico turbulento. "Nunca vi desconto de 70%, mas de 20%, 30%. E são bem atrativos", afirmou.

O executivo aposta que, além de ofertas significativas, as companhias também devem oferecer um atendimento mais qualificado ao cliente nesta edição.

"Espero que seja bem melhor que no ano passado. Existe um crescimento da qualidade no atendimento no Brasil. No e-commerce, grandes redes terão equipes de plantão para interagir por chat e telefone, por exemplo", disse.

Histórico

A primeira edição da Black Friday no Brasil foi organizada em 2010, mas o evento ficou mais conhecido apenas em 2011 e tomou conta das buscas do Google no ano seguinte, quando um grande número de companhias aderiu à ideia.

Em 2013, por conta de diversas reclamações de maquiagem de preços, a promoção começou a ser chamada de Black Fraude.

No ano passado, as ofertas coletivas movimentaram 879 milhões de reais, segundo dados do Busca Descontos–empresa que detém a marca Black Friday no país–fornecidos pelo ReclameAQUI.

Para este ano, a previsão é de que o faturamento chegue a 978 milhões de reais, um avanço de 12%.

Junto com o aumento das vendas, é esperado também um crescimento das reclamações de consumidores.

Em 2014, foram 12.502 queixas registradas no ReclameAQUI. Para 2015, a expectativa de é 15.000. O portal tem hoje 15 milhões de consumidores cadastrados.

Segundo Vargas, além das reclamações que normalmente surgem no dia da Black Friday–sobre queda de sites, preços errados ou maquiados e fretes abusivos–a edição deste ano deve trazer uma nova questão.

Os chamados marketplaces, vitrines de pequenos comerciantes que são anunciadas em sites de grandes varejistas, podem confundir os consumidores, alertou.

"O cliente compra de um outro vendedor que anuncia no Walmart, mas acha que está comprado do Walmart, por exemplo, porque isso geralmente não está claramente sinalizado, o nome da loja está bem pequeninho", disse.

De acordo com ele, caso surjam problemas em compras feitas em marketplaces, os grandes e-commerces devem ter responsabilidade solidária na hora de solucioná-los.

Redes consolidadas como Americanas, Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Submarino, AliExpress, Amazon, Magazine Luiza e Netshoes, entre outras, trabalham com esse tipo de sistema.

Vargas também aconselha o consumidor a comprar de companhias que ele já conhece durante o evento, para evitar cair em golpes. "Não é o momento para experimentar", disse.

Expectativas

Uma pesquisa realizada pela ReclameAQUI antes da Black Friday mostra que 61,97% dos ouvidos pretende adquirir algum produto durante o evento.

O levantamento abrangeu 11.790 consumidores cadastrados no site da empresa.

Entre os prováveis compradores, a maioria busca um smartphone (16,02%). Em seguida na lista de desejos aparecem os eletrodomésticos de linha branca (citados por 14,80%); as roupas, sapatos e acessórios (11,15%) e as televisões (10,98%).

Um quarto deles (25,79%) pretende gastar entre 1.000 reais e 2.000 reais na promoção.

Já entre os que não devem participar da Black Friday, a maior parte alega que não acredita nos descontos (66,22%). A falta de dinheiro por conta da crise também foi o argumento de 25,12% deles.

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