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A aposta da BHub para ir além do back office e entrar em mercado de R$ 160 bilhões

Em parceria com a WellsCo., startup está lançando nova frente de atuação com escritórios de contabilidade; previsão é de quadruplicar base de clientes em 2023

Jorge Vargas Neto, CEO da BHub: nova frente de atuação com escritórios de contabilidade (Divulgação/Divulgação)
Maria Clara Dias

Repórter de Negócios e PME

Publicado em 14 de março de 2023 às 12h50.

Última atualização em 14 de março de 2023 às 15h56.

A startup paulista BHub ganhou popularidade entre investidores por sua proposta nada convencional de assumir todas as pontas “não estratégicas” da operação de outras startups. O modelo é apelidado de “ back office as a service ”, cuja função é permitir que outros fundadores passem a se preocupar apenas com a atividade fim da empresa, enquanto fica a cargo da BHub resolver todo desafio burocrático e ligado ao funcionamento do negócio.

O modelo de negócio da BHub está baseado em planos de assinatura, pelos quais outras empresas podem optar por serviços como gestão financeira, folha de pagamentos, contabilidade e até pela atuação jurídica.

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Em comum, todos esses processos costumam ser uma dor de cabeça para empresas de pequeno porte. O caráter manual desses serviços — e da gestão deles — na visão da BHub, atrasa a evolução e crescimento de inúmeras PMEs.

Com o controle automatizado feito pelo sistema da startup, há uma significativa economia de tempo, que também se reflete em alguns milhares de reais poupados: segundo a empresa,os clientes conseguem uma economia média mensal entre 20.000 e 40.000 reais.

O que estão lançando

Agora, a BHub está de olho em promover economias similares no bilionário mercado da contabilidade. Nesta semana, a empresa anuncia uma nova frente de atuação junto a pequenos escritórios de contabilidade.

O objetivo é atuar em parceria com escritórios que prestam serviços para empresas, levando a tecnologia da BHub para acelerar o dia a dia e reduzir gastos operacionais. “Antes, os escritórios demandavam muito mais tempo e equipe para fazer esses processos manuais, o que leva a um custo operacional muito mais alto”, diz Jorge Vargas Neto, fundador da BHub.

Segundo Vargas Neto, os escritórios contábeis têm uma margem financeira que costuma variar de 8% a 10%. Mas, ao usar o aparato tecnológico criado pela BHub, esse indicador subiria para mais de 30%. “Vimos essa aproximação com os escritórios de contabilidade com muita naturalidade”, diz. “Percebemos que era uma oportunidade de surfar em um mercado tipicamente familiar, que carecia de aparatos tecnológicos para acelerar a transformação digital”.

Com a BHub, todo o processamento da papelada contábil e fiscal passa a ser automático. Já para os contadores, fica a responsabilidade por todas as negociações e contatos com os clientes, num modelo mais próximo ao de consultorias personalizadas.

A primeira aliança estratégica será com a WellsCo., um dos principais escritórios de contabilidade do país com forte atuação em PMEs. Com a WellsCo., a BHub estima quadruplicar a base de clientes em 2023.

A oportunidade, segundo o empreendedor, é imensa. “Estudando mercado, vimos que o mercado de contabilidade mobiliza R$ 160 bilhões por ano. Não podíamos ficar de fora disso”.

Quais são os planos

Com o anúncio da parceria da WellsCo., a BHub passa a oferecer a solução para outros escritórios de contabilidade a partir de agora. Eles também poderão oferecer aos clientes finais a plataforma Hub do Empreendedor, desenvolvida pela BHub e na qual é possível consultar informações sobre a gestão financeira do negócio.

O passo seguinte é apostar no cross-sell, a venda de novos produtos para os mesmos escritórios que se tornarem clientes. "O sonho é grande: esperamos ter pelo menos 5% do mercado de contabilidade nos próximos anos, e isso já é algo considerável”, diz.

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