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Alitalia dá origem à ITA, nova companhia aérea que voará ao Brasil

Controlada pelo governo italiano, empresa estreará no dia 15 de outubro e prevê lucro para 2025

Identidade: nova empresa manterá as cores da Alitalia (ITA/Divulgação)

Identidade: nova empresa manterá as cores da Alitalia (ITA/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 20 de julho de 2021 às 07h25.

Última atualização em 20 de julho de 2021 às 10h16.

Para quem não acompanhou a novela da Alitalia, a tradicional companhia aérea italiana nasceu e 1946 e faliu em 2008. Depois disso, foi formada outra empresa com os ativos lucrativos – e que sugestivamente foi batizada como “nova Alitalia". Não deu certo: com os mesmos péssimos hábitos financeiros, fechou as portas em 2017 e foi estatizada. E agora será a terceira tentativa, sob o nome ITA.

Não estranhe que a alcunha seja a mesma da recém-inaugurada (e brasileira) divisão da Itapemirim. No caso dos europeus, se trata de uma sigla para Italia Trasporto Aereo. Sem nenhum comprador por conta da pandemia, coube ao próprio governo assumir as operações, após acordo com a União Europeia, para começar a voar com o que restou da antecessora e reestrear no dia 15 de outubro.

De acordo com o plano divulgado pela companhia, serão mantidas 52 aeronaves que pertenciam à frota da “antiga nova Alitalia” — sim, é realmente confuso. Deste total, somente sete serão modelos widebody (de fuselagem larga e dois corredores) para voos de longa distância. Mas a meta é ter 105 aeronaves nos hangares até 2025, quando as rotas também deverão saltar de 61 para 74 trajetos.

Estão previstos dois hubs (centros de operações) para a ITA: o aeroporto de Milão Linate, que manterá 85% dos slots que pertenciam à Alitalia; e o aeroporto de Roma Fiumicino, com 43% dos slots preservados. Tanto que, para junho do ano que vem, quando começar o verão no hemisfério norte, a nova companhia voará novas rotas internacionais, inclusive a Guarulhos (SP) e Buenos Aires, na Argentina.

Os acionistas da ITA aprovaram aumento de capital para 700 milhões de euros, equivalente a 4,3 bilhões de reais, e esperam conseguir o equilíbrio financeiro no terceiro trimestre de 2023. Tanto que a previsão é conseguir lucrar 209 milhões de euros (quase 1,3 bilhão de reais) em quatro anos. E, até lá, em 2025, o quadro de funcionários deve crescer dos até 2.950 atuais para 5.700 colaboradores.

 

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