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A aposta desse plano de saúde para ter mais clientes - e cada cliente pagar menos pela cobertura

A Sami está ampliando modelo de coparticipação para empresas com uma ou duas vidas e prevê desconto de 17% no valor dos planos

Vitor Asseituno, da Sami: "Todos os planos terão coparticipação e nós estamos tentando acelerar para acompanhar essa tendência" (Sami/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 1 de maio de 2024 às 09h00.

Última atualização em 1 de maio de 2024 às 10h15.

O país registrou uma das maiores inflações médicas no ano passado entre os seus pares globais. Segundo a consultoria de saúde Aon, a alta ficou em 14,1%, só atrás dos indicadores de países da África e Oriente Médio, com 15,1%. São dados que pressionam - e não é de hoje - o sistema privado de saúde no país.

Com altos índices de sinistralidade, o setor acumulou nos nove primeiros meses de 2023 um déficit de R$ 6,3 bilhões. De acordo com a ANS, agência que regula o mercado no país, a cada 100 reais que as operadoras recebem, R$ 88,20 vão para a cobertura de despesas.

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Os números têm feito com que ganhe espaço no mercado o modelo de coparticipação, em que os usuários dos planos pagam a mensalidade e um valor adicional por serviço utilizado.Por trás do sistema, está o conceito de oferecer planos menos salgados - ou ter reajustes menores a cada ano. Somado ao formato de franquias de uso, a coparticipação já responde por 52% dos contratos vigentes no país.

Por que a Sami está ampliando o modelo de coparticipação

Operadora digital de saúde, a Sami está acompanhando a tendência e expandindo o sistema de coparticipação para a sua cartela de clientes.

Os novos usuários de empresas com uma ou duas vidas poderão contratar apenas neste modelo a partir desta quarta-feira, 1º de maio. A opção sem coparticipação continua disponível para negócios que registram números maiores de beneficiários.

Esse público de empresa, com um ou dois beneficiários, representa cerca de 65% da clientela da operadora, que gere cerca de 21.000 vidas de profissionais de mais de 10.000 empresas. Em operação desde 2020, a Sami foi criada para atender um perfil de usuários desassistido pelos grandes planos de saúde: pequenas empresas e microempreendedores, entre os quais MEIs.

Com presença na capital paulista e outras seis cidades do estado, a startup funciona em um modelo semelhante a programas de médicos da família.

Os beneficiários são acompanhados por uma equipe com coordenador, médico e profissional de enfermagem, além de terem acesso ao app de atividades físicas e bem-estar Gympass (agora, Wellhub). Esse foco na saúde preventiva tem feito com que a empresa registre uma taxa de sinistralidade menor, na casa de 70%, segundo números internos.

O forte da operação está nos atendimentos digitais, que responde por 95% do total, incluindo os serviços de telemedicina, triagens, encaminhamentos e outras práticas.Para as consultas presenciais e exames, a startup tem entre os parceiros os hospitais Beneficência Portuguesa e Santa Virgínia.

A coparticipação não é cobrada na telemedicina nem pelos serviços de médico da família. T ratamento de câncer, hemodiálise e exames com coleta domiciliar também ficam de fora.

“A coparticipação é um fator de moderação para ajustar a pessoa na jornada certa e, com isso, trazer a medicina que ela precisa no custo que ela pode pagar”, afirma Vitor Asseituno, cofundador e CEO da Sami.

Qual será a redução para os beneficiários

De acordo com o profissional, o modelo contribui para que os usuários façam apenas os procedimentos necessários - reduzindo utilizações exageradas, que acarretam em mais custos.

“Nas empresas acima de 100 funcionários, a  coparticipação é a regra. O RH já entendeu, por padrão, que o funcionário tem um uso racional do plano, o que faz com que o reajuste seja mais baixo e permita à empresa continuar oferecendo o benefício. Todos os planos terão coparticipação e nós estamos tentando acelerar para acompanhar essa tendência”, afirma Asseituno.

Na Sami, a adoção ao novo modelo vai significar uma redução de 17% no custo dos planos, atualmente em torno de R$ 450,00. Usuários antigos não serão afetados pela mudança - mas podem optar pelo novo modelo.

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Qual é o ritmo de crescimento da startup

A expectativa é de que a mudança contribua para que a healthtech alcance mais usuários e feche o ano com 28.000 beneficiários. O número levará ao faturamento de R$ 150 milhões neste ano, 50% de alta em relação a 2023. No ano passado, a expansão foi de 80%.

Segundo o CEO, o foco da startup atualmente está em ampliar o ganho em eficiência, exemplo que vem pela aplicação de IA generativa. Com o uso de uma ferramenta de transcrição de consultas, com 81% de assertividade, a Sami conseguiu economizar mais de 700 horas dos médicos por mês.

“Hoje, a empresa já tem capital suficiente no caixa para fazer breakeven. É uma questão de executar o orçamento, mas quando focamos em eficiência, reduzimos o custo e, consequentemente, acabamos crescendo”, diz.

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A empresa é um Negócio em Expansão

A Sami foi uma das vencedoras do ranking EXAME Negócios em Expansão 2023, levantamento da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), com suporte técnico da PwC Brasil. A empresa ficou na quinta colocação na categoria de 30 a 150 milhões de reais.

Os resultados vieram a público num evento para mais de 400 convidados em São Paulo, em julho do ano passado.

As inscrições para a edição 2024 estão abertas. O ranking é uma forma de reconhecer os negócios e celebrar o empreendedorismo no país.

Acompanhe tudo sobre:StartupsPlanos de saúde

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