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1/5 (Getty Images)
São Paulo – Se criar, manter e lucrar com uma empresa no seu país de origem é difícil, quem dirá desbravar negócios em terras estrangeiras, de costumes desconhecidos e diferentes. Há quem, ainda assim, tente – e consiga ótimos resultados com isso. Mas, claro, isso depois de adotar uma estratégia eficiente o bastante para agradar os consumidores, sem esquecer a essência de gestão que fez a empresa chegar até lá. A seguir saiba mais sobre a história de algumas dessas empresas e seus respectivos segredos para garantir o sucesso da empreitada de conquistar os estrangeiros – e o passo para trás de uma delas que resolveu, indo para fora, que o Brasil é o seu foco. Clique nas fotos para ver quais são.
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2. Giraffas: pesquisa detalhada
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Em meados de 2009, o empresário Cláudio Miccieli, um dos donos da cadeia de fast-food Giraffas, pediu ao filho e gerente de novos mercados da rede, Cláudio Miccieli Júnior, que fosse trabalhar como garçom, balconista e cozinheiro em restaurantes da Flórida por um ano. Em vez de soar estranho, como uma afronta, o pedido foi seguido com afinco pelo herdeiro, como uma missão e tanto a ser cumprida. Afinal de contas, era com base naquela pesquisa que o Giraffas abriu sua primeira filial nos Estados Unidos, na Flórida, em junho – a primeira estrangeira foi aberta no Paraguai, em dezembro de 2010. O desafio da brasileira foi entender como funcionava todo o trâmite de um negócio no Tio Sam, incluindo a parte tributária e administrativa, além de gestão de pessoas. Com o primeiro passo dado, o plano agora é de multiplicar as lojas lá fora – até 2014, 15% do faturamento da rede, hoje com 360 pontos de venda no Brasil, deve vir das franquias internacionais.
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3. Fisk: expansão latina
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3/5 (Divulgação)
Desde que abriu sua primeira escola na capital paulista, a rede de ensino de idioma Fisk já multiplicou suas unidades – dentro e fora do país. A empresa possui cerca de mil escolas espalhadas por todo o Brasil e, há 25 anos, resolveu expandir a atuação para o estrangeiro. Hoje já está em seis países: Estados Unidos, Japão, Angola, Paraguai, Bolívia e Argentina (onde possui 82 unidades, maior número entre as operações estrangeiras). Para atuar em tantos lugares distintos, a Fisk teve de adaptar o material e a metodologia de ensino à realidade cultural do país onde a unidade está instalada. No Japão, por exemplo, as nove escolas da rede ministram aulas apenas aos domingos.
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4. Fogo de chão: treinamento gaúcho
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4/5 (Divulgação)
Criada em 1979 na capital gaúcha, a rede de churrascarias Fogo de Chão demorou apenas seis anos para abrir suas primeiras churrascarias pelo país. Hoje, com nove restaurantes, três deles nos Estados Unidos, a empresa mostrou que é possível cair no gosto tanto dos brasileiros quanto estrangeiros com o mesmo serviço. Para seguir com a missão de levar o churrasco gaúcho para outros lugares, sem abrir franquias, a Fogo de Chão apostou em treinamentos de mais de 500 horas para os mais de 600 funcionários. Nele, os futuros garçons da rede aprendem tudo sobre os tipos de carnes e cortes, lições sobre vinhos e noções de nutrição. Isso sem contar as aulas de inglês e, claro, o paladar e interesse apurados por churrasco.
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5. Habib´s: gestão à distância nunca mais
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A ambição e esforço de Alberto Saraiva, fundador da Rede Habibs, fez com que ele transformasse a pequena padaria de seu pai em uma das maiores redes de fast-food do país – mas nada suficiente para satisfazer seus sonhos de expansão do empresário. Tanto que, a partir de 2001, ele investiu na abertura de oito lojas próprias no México. No início, filas se formavam para experimentar a novidade gastronômica árabe na terra das tortillas. O fato é que, com o tempo, as receitas das lojas minguaram e Saraivam desistiu da conquista mexicana. As lojas, que tiveram investimento de cerca de 5 milhões de reais para a abertura, foram vendidas e os planos de levar a marca para Estados Unidos e até China, adiados. Na época, o empresário admitiu que era difícil manter bons administradores brasileiros no México e que errou ao não ter planejado a expansão por meio de parceiros locais. Em contrapartida, concentrou os investimos no Brasil, por exemplo, com a criação na rede de comida italiana Ragazzo.