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Venezuela acusa EUA de preparar 'ofensiva militar' no Caribe

Ministro da Defesa venezuelano afirmou que Washington quer provocar incidente para justificar ação militar

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 07h25.

O governo da Venezuela voltou a acusar os Estados Unidos de preparar uma ofensiva militar no Caribe.

Neste domingo, 26, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou que Washington tenta criar "um incidente para justificar uma agressão" contra o país.

Em uma publicação em sua conta no Instagram, ele declarou que "a guerra é sempre precedida por desinformação, manipulação e mentira". Segundo Padrino, os EUA procuram um novo pretexto para atacar Caracas, “já que o relato do narcotráfico se esgotou”.

O ministro classificou como "provocação" os exercícios militares do Comando Sul dos EUA em Trinidad e Tobago, país vizinho à Venezuela. Ele disse que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) está em “vigilância permanente” diante das manobras, que “atentam contra a paz da região”.

O destróier USS Gravely, da Marinha americana, chegou no domingo ao território trinitino para participar de operações conjuntas nos próximos dias. A chegada da Unidade Expedicionária 22 do Corpo de Fuzileiros Navais também está prevista.

Acusações contra os EUA e aliados

A vice-presidente Delcy Rodríguez reforçou as críticas, chamando as atividades de “exercícios militares perigosos” organizados sob “controle e financiamento do Comando Sul”.

Rodríguez afirmou que as autoridades venezuelanas prenderam um grupo de mercenários com ligações diretas à CIA e que as investigações apontam para um suposto “ataque de falsa bandeira” preparado a partir de águas próximas a Trinidad e Tobago.

Segundo ela, o plano teria como objetivo gerar um confronto militar e “converter o Caribe em um espaço de violência letal e domínio imperial americano”.

Rodríguez também acusou a primeira-ministra trinitina, Kamla Persad-Bissessar, de “renunciar à soberania” do país ao permitir ações militares sob comando americano.

Na sexta-feira, 24, Padrino López já havia alertado para a aproximação de um destacamento naval dos EUA ao litoral venezuelano, depois que o Pentágono confirmou o envio do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior da frota americana, à região.

*Com informações da EFE

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