Uribe ofereceu representação política às Farc em 2003
Documento revelou que o ex-presidente ofereceu representação política no Congresso a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h43.
Bogotá - O ex-presidente e agora senador Álvaro Uribe ofereceu representação política no Congresso a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) em 2003, revelou nesta terça-feira o presidente da Comissão de Paz do Senado, Roy Barreras.
Em entrevista coletiva, Barreras mostrou um documento oficial datado de 27 de janeiro de 2003, no qual o governo de Uribe (2002-2010) assenta as bases para facilitar a entrada na política de guerrilheiros desmobilizados após um eventual processo de paz.
"A fim de facilitar a reincorporação à vida civil dos grupos armados à margem da lei", o Executivo "poderá estabelecer, por uma só vez, circunscrições especiais de paz", se destaca em um fragmento do documento.
Ditas circunscrições seriam utilizadas para "nomear diretamente, por uma só vez, um número plural de congressistas, deputados e vereadores, em representação dos mencionados grupos em processo de paz e desmobilizados".
Além disso, o documento acrescenta que o número de representantes políticos "será estabelecido pelo governo" e que os escolhidos para entrar em política "serão decididos entre o governo e os grupos armados e sua designação corresponderá ao presidente da República".
Em prol de facilitar esta adaptação à vida civil, o Executivo contemplava "não levar em conta determinadas inabilidades e requisitos necessários para ser congressista, deputado e vereador".
As revelações de Barreras chegam em resposta a uma das mais exacerbadas críticas emitidas por Uribe recentemente em um documento contra o atual presidente, Juan Manuel Santos, a quem acusa de ter estipulado com as Farc, nas negociações em Cuba, uma representação política especial em um eventual pós-conflito.
Segundo recentes documentos divulgados na revista "Semana" pelo jornalista Daniel Coronell, vice-presidente da emissora de notícias "Univisión", entre 2004 e 2006 Uribe enviou vários documentos às Farc para iniciar um processo de paz que finalmente nunca começou.
Bogotá - O ex-presidente e agora senador Álvaro Uribe ofereceu representação política no Congresso a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) em 2003, revelou nesta terça-feira o presidente da Comissão de Paz do Senado, Roy Barreras.
Em entrevista coletiva, Barreras mostrou um documento oficial datado de 27 de janeiro de 2003, no qual o governo de Uribe (2002-2010) assenta as bases para facilitar a entrada na política de guerrilheiros desmobilizados após um eventual processo de paz.
"A fim de facilitar a reincorporação à vida civil dos grupos armados à margem da lei", o Executivo "poderá estabelecer, por uma só vez, circunscrições especiais de paz", se destaca em um fragmento do documento.
Ditas circunscrições seriam utilizadas para "nomear diretamente, por uma só vez, um número plural de congressistas, deputados e vereadores, em representação dos mencionados grupos em processo de paz e desmobilizados".
Além disso, o documento acrescenta que o número de representantes políticos "será estabelecido pelo governo" e que os escolhidos para entrar em política "serão decididos entre o governo e os grupos armados e sua designação corresponderá ao presidente da República".
Em prol de facilitar esta adaptação à vida civil, o Executivo contemplava "não levar em conta determinadas inabilidades e requisitos necessários para ser congressista, deputado e vereador".
As revelações de Barreras chegam em resposta a uma das mais exacerbadas críticas emitidas por Uribe recentemente em um documento contra o atual presidente, Juan Manuel Santos, a quem acusa de ter estipulado com as Farc, nas negociações em Cuba, uma representação política especial em um eventual pós-conflito.
Segundo recentes documentos divulgados na revista "Semana" pelo jornalista Daniel Coronell, vice-presidente da emissora de notícias "Univisión", entre 2004 e 2006 Uribe enviou vários documentos às Farc para iniciar um processo de paz que finalmente nunca começou.