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Ucrânia e Rússia vão abrir 'corredores humanitários' para retirar civis

O acordo envolve um possível cessar-fogo durante as operações de retirada

KYIV, UKRAINE - JANUARY 25: A man pauses at an outdoor commemorative display extolling the battles and victories of the Soviet Red Army in liberating the Soviet Union against Nazi Germany occupation during World War II on January 25, 2022 in Kyiv, Ukraine. Today international fears of an imminent Russian military invasion of Ukraine remain high as Russian troops mass along the Russian-Ukrainian border. (Photo by Sean Gallup/Getty Images) (Sean Gallup/Getty Images)

KYIV, UKRAINE - JANUARY 25: A man pauses at an outdoor commemorative display extolling the battles and victories of the Soviet Red Army in liberating the Soviet Union against Nazi Germany occupation during World War II on January 25, 2022 in Kyiv, Ukraine. Today international fears of an imminent Russian military invasion of Ukraine remain high as Russian troops mass along the Russian-Ukrainian border. (Photo by Sean Gallup/Getty Images) (Sean Gallup/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de março de 2022 às 16h41.

A Rússia e a Ucrânia concordaram sobre a necessidade de um corredor humanitário para a saída de civis das cidades em guerra segundo afirmaram os negociadores de ambos países após o encontro diplomático desta quinta-feira, 3. O acordo envolve um possível cessar-fogo durante as operações de retirada.

O encontro foi o segundo realizado entre os dois países para discutir a invasão russa na Ucrânia. Os resultados obtidos não eram os esperados pela Ucrânia - que exige o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas -, mas foram mais substanciais que o encontro de segunda-feira. Os dois países concordaram numa terceira rodada de negociações, afirmam os negociadores.

Do lado da Rússia, um dos negociadores afirmou que o país está de acordo com os corredores humanitários para civis com o possível cessar-fogo em torno destes locais. “Avaliamos que isso é um progresso substancial”, disse após a reunião, segundo relatado pela Reuters.

A reunião entre os dois países tratou de temas militares e humanitários. Segundo a Rússia, uma futura regulação política do conflito também foi debatida.

A segunda rodada de negociações entre a Rússia e a Ucrânia aconteceu em Belovezhskaya Pushcha, na região de Brest, em Belarus e perto da fronteira com a Polônia.

As novas conversas, realizadas no oitavo dia da guerra, deveriam ter começado por volta das 12h GMT (9h de Brasília), segundo o chefe da delegação russa, Vladimir Medinski, que se referiu à "complexidade da logística do lado ucraniano, que se reúne na Polônia e depois vem para a região de Brest".

Medinski disse na quarta-feira que na primeira reunião das delegações, em 28 de fevereiro, "algumas propostas russas" relacionadas com um "cessar-fogo imediato" foram discutidas.

Ele afirmou que em alguns deles, "em geral, houve um entendimento na mesa de negociações", mas em outros, "como era de se esperar, o lado ucraniano levou algum tempo para reflexões e consultas em Kiev".

A Rússia exige "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia, assim como o reconhecimento da soberania russa sobre a península da Crimeia, anexada em 2014, e da independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, assim como o status neutro ucraniano em relação à Otan.

Ainda nesta quinta-feira, mais cedo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que queria negociar diretamente com seu colega russo, Vladimir Putin, dizendo que é "a única maneira de parar a guerra" entre a Rússia e a Ucrânia.

"Tenho de falar com Putin porque essa é a única maneira de parar esta guerra", disse Zelenski em entrevista coletiva, declarando-se "aberto" e "disposto a abordar todos os problemas" com Putin.

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