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Brasil decide evacuar embaixada na Ucrânia

Embaixador já deixou a capital, Kiev; expectativa é de guerrilha urbana com resistência à invasão russa

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Tanques ucranianos em Kiev, capital do país, em meio ao ataque da Rússia (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Tanques ucranianos em Kiev, capital do país, em meio ao ataque da Rússia (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Carla Aranha

Publicado em 2 de março de 2022 às, 12h26.

Última atualização em 2 de março de 2022 às, 12h31.

Diante da intensificação do cenário de guerra na Ucrânia e da expectativa de um conflito armado de consequências imprevisíveis nas ruas de Kiev, a embaixada brasileira decidiu dar início à evacuação dos diplomatas e demais funcionários estacionados na capital ucraniana.

O embaixador Norton Rapesta, de 64 anos, já partiu para a cidade de Lviv, a 70 quilômetros da fronteira com a Polônia, onde deverá funcionar um posto de atendimento consular. Outra unidade de apoio aos brasileiros que continuam na Ucrânia deverá ser montada em Chisinau, na Moldávia.

Segundo fontes diplomáticas, boa parte do corpo diplomático em Kiev já deixou o local. Nos próximos dias, o restante dos funcionários deverá ser evacuado. Representações diplomáticas de diversos países ocidentais tomaram a mesma resolução após a divulgação de que a Rússia atacaria instalações de inteligência e comunicação da Ucrânia. Nesta terça, dia 1º, as forças russas disparam um míssil contra a torre de TV de Kiev, desativando transmissões de diversas redes de televisão.

No meio diplomático, esse tipo de ataque tem sido interpretado como um sinal de que a Rússia deve recrudescer a ofensiva em Kiev e outras cidades importantes da Ucrânia. Nas palavras de um experiente diplomata brasileiro, o cenário atual aponta para uma “guerrilha urbana nas ruas da capital, em uma situação semelhante à vivenciada pela Síria quando a população resolveu pegar em armas contra o governo”.

O embaixador brasileiro em Kiev vinha confidenciando a amigos que tentaria permanecer na capital até o último momento. A hora de partir chegou nas últimas horas.

Nesta terça, o cerco russo à Kiev, com uma grande coluna militar se movendo em direção à cidade, continua progredindo. Caso seja utilizada artilharia pesada em áreas urbanas, o número de baixas entre civis deve aumentar. O temor também é de ataques a regiões residenciais. Ainda não há um balanço oficial de mortes.

 

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