Autoridades meteorológicas da China, por sua vez, confirmaram que o tufão tocou terra na cidade de Zhuhai (Cantão) (Tyrone Siu/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de agosto de 2017 às 08h40.
Xangai - A passagem do tufão Hato nesta quarta-feira em Macau, no sul da China, causou a morte de três pessoas e outras duas estão desaparecidas, enquanto Hong Kong continua paralisada pelas fortes chuvas e inundações.
O observatório meteorológico de Hong Kong elevou nesta manhã o alerta para o nível 10, um indicador que não era registrado desde julho de 2012 e que revela que Hato poderá ser uma das piores tempestades dos últimos anos.
Além disso, em Macau, pelo menos três pessoas morreram por acidentes derivados das complicações meteorológicas e outras duas pessoas estão desaparecidas, segundo o jornal "Macau Daily".
A ex-colônia portuguesa sofreu uma forte interrupção do fornecimento de energia elétrica, e a distribuição de água pode ser cortada nas próximas horas.
Os fortes ventos e chuvas causaram inundações em muitas ruas, entre elas uma das principais avenidas da cidade, a Avenida da Amizade, onde ficam vários cassinos.
Já em Hong Kong, ainda não há um balanço dos danos, mas o observatório meteorológico da cidade alertou esta manhã para um forte aumento do nível do mar, podendo causar inundações.
Centenas de voos com saída e chegada em Hong Kong foram cancelados e também estão suspensos os serviços de ônibus e balsas para as ilhas periféricas. A Secretaria de Educação anunciou que as aulas estão suspensas nesta quarta-feira, enquanto a Bolsa de Hong Kong permaneceu fechada.
As autoridades meteorológicas da China, por sua vez, confirmaram que o tufão tocou terra na cidade de Zhuhai (Cantão).
Desde ontem, a região está em alerta laranja, o segundo mais alto, e milhares de pessoas foram evacuadas de várias províncias do sul do país.
As viagens de trens de alta velocidade entre Shenzhen e as províncias orientais de Fujian e Jiangxi foram canceladas, assim como os serviços na linha de Guangzhou-Nanning.
É esperado que o tufão traga fortes chuvas às províncias de Cantão e Fujian e ondas enormes, de até dez metros, no Mar da China Meridional, que podem causar inundações e danos severos na região.