Donald Trump: o líder já deixou claro que uma cooperação econômica entre EUA e China dependia dos chineses agindo para diminuir o poderio norte-coreano (Win McNamee/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2017 às 06h30.
Última atualização em 3 de julho de 2017 às 08h13.
O presidente americano Donald Trump começa a mexer as peças no xadrez contra a Coreia do Norte. O país deverá ser o temas das conversas com o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e o presidente da China Xi Jinping durante a reunião dos líderes mundiais no G20, em Hamburgo, nesta semana. Trump deve solicitar o auxílio dos dois líderes da região para colocar pressão sobre o regime de Kim Jong-Un.
A cobrança deverá ser principalmente sobre a China, já que Trump já havia deixado claro, em abril, de que uma cooperação econômica entre Estados Unidos e China dependia dos chineses agindo ativamente para diminuir o poderio norte-coreano.
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A China é a maior protetora diplomática e econômica da Coreia do Norte: metade da balança comercial norte-coreana é comprometida com os vizinhos chineses, que têm vasto interesse na manutenção política e geográfica do território, a fim de evitar, entre outras questões, uma fuga de 30.000 refugiados para seu país.
No final da semana passada, Trump anunciou durante a visita do novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, que a paciência havia acabado com o regime de Kim Jong-Un e seu programa nuclear.
Na noite de ontem, Trump ligou para Xi e para Abe, para adiantar a conversa sobre a Coreia do Norte. Tão imprevisível quanto Trump, Kim não é do tipo que fica em silêncio e qualquer tipo de resposta é esperada esta semana vinda do ditador.
As tensões entre os dois países se tornaram ainda mais evidentes quando o estudante americano Otto Warmbier morreu depois de ter sido preso durante uma visita à Coreia do Norte — ele ficou detido por 18 meses, foi enviado aos Estados Unidos em coma e morreu poucos dias depois.
Em outros momentos, investidas contra a Coreia do Norte resultaram em novos testes nucleares ou em algum tipo de ameaça. Pyongyang se apoia no seu programa armamentício como uma forma de combater a hostilidade contra o país e regularmente ameaça “destruir os Estados Unidos” ou transformar alguma de suas grandes cidades em pó. Trump trabalha para evitar que as ameaças fiquem apenas no campo da retórica.