Tribunal israelense rejeita denúncia por morte de americana
O juiz afirmou ainda que a investigação da polícia militar transcorreu corretamente e concluiu que a morte de Rachel Corrie foi um acidente
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 16h49.
Haifa - Um tribunal israelense rejeitou nesta terça-feira a denúncia apresentada pelos pais de Rachel Corrie, a pacifista americana que morreu em 2003 atropelada por um trator militar israelense durante uma manifestação na Faixa de Gaza, o que a transformou numa figura importante do apoio aos palestinos.
Rachel Corrie, de 23 anos, foi morta em 16 de março de 2003 por um trator do Exército quando tentava impedir a passagem da máquina junto a outros membros do Movimento Internacional de Solidariedade (ISM) e vários palestinos a destruição de uma casa palestina em Rafah (sul da Faixa de Gaza).
"Cheguei à conclusão de que não houve negligência por parte do condutor do trator", afirmou o juiz Oded Gershon em seu veredicto, lido no tribunal d Haifa, norte de Israel .
O juiz afirmou ainda que a investigação da polícia militar transcorreu corretamente e concluiu que a morte de Rachel Corrie foi um acidente, rejeitando as acusações sobre a destruição de um vídeo que mostrava o trágico incidente.
"A falecida se colocou numa situação perigosa, se colocou diante de um buldôzer gigante em um lugar em que o condutor não podia vê-la. Não se afastou como teria feito uma pessoa razoável. Sua morte é o resultado de um acidente que ela mesma provocou", afirmou o juiz.
Cindy Corrie, a mãe da vítima, criticou o veredicto.
"Estamos muito tristes e profundamente preocupados pelo que ouvimos do juiz Oded Gershon", afirmou aos jornalistas.
"Achamos que a morte de Rachel podia ter sido evitada", afirmou ainda.
"Sabíamos desde o princípio que uma denúncia civil seria uma batalha difícil", enfatizou, acrescentando que "Israel dispõe de um sistema bem azeitado para proteger seus militares.
O advogado da família, Hussein Abu Hussein, anunciou que a família vai apelar da decisão.
Diante da decisão do exército de arquivar o caso, a família apresentou em março de 2010 uma denúncia civil contra o Estado de Israel e o ministério da Defesa, pedindo uma indenização simbólica de um dólar.
Testemunhas, pacifistas e palestinos afirmaram que o trator passou por cima de Rachel deliberamente. Asseguram que a manifestação durou mais de duas horas e que os manifestantes eram perfeitamente visíveis para o condutor do equipamento.
Por sua parte, depois de uma investigação, o Exército concluiu que Rachel Corrie morreu "quando perturbava as operações dos buldozeres militares". A promotoria militar arquivou o caso em 2003 e não tomou nenhuma medida disciplinar.
O Exército também acusou a vítima e os demais militantes de terem contribuído para esta morte "por seu comportamento ilegal e irresponsável".
Haifa - Um tribunal israelense rejeitou nesta terça-feira a denúncia apresentada pelos pais de Rachel Corrie, a pacifista americana que morreu em 2003 atropelada por um trator militar israelense durante uma manifestação na Faixa de Gaza, o que a transformou numa figura importante do apoio aos palestinos.
Rachel Corrie, de 23 anos, foi morta em 16 de março de 2003 por um trator do Exército quando tentava impedir a passagem da máquina junto a outros membros do Movimento Internacional de Solidariedade (ISM) e vários palestinos a destruição de uma casa palestina em Rafah (sul da Faixa de Gaza).
"Cheguei à conclusão de que não houve negligência por parte do condutor do trator", afirmou o juiz Oded Gershon em seu veredicto, lido no tribunal d Haifa, norte de Israel .
O juiz afirmou ainda que a investigação da polícia militar transcorreu corretamente e concluiu que a morte de Rachel Corrie foi um acidente, rejeitando as acusações sobre a destruição de um vídeo que mostrava o trágico incidente.
"A falecida se colocou numa situação perigosa, se colocou diante de um buldôzer gigante em um lugar em que o condutor não podia vê-la. Não se afastou como teria feito uma pessoa razoável. Sua morte é o resultado de um acidente que ela mesma provocou", afirmou o juiz.
Cindy Corrie, a mãe da vítima, criticou o veredicto.
"Estamos muito tristes e profundamente preocupados pelo que ouvimos do juiz Oded Gershon", afirmou aos jornalistas.
"Achamos que a morte de Rachel podia ter sido evitada", afirmou ainda.
"Sabíamos desde o princípio que uma denúncia civil seria uma batalha difícil", enfatizou, acrescentando que "Israel dispõe de um sistema bem azeitado para proteger seus militares.
O advogado da família, Hussein Abu Hussein, anunciou que a família vai apelar da decisão.
Diante da decisão do exército de arquivar o caso, a família apresentou em março de 2010 uma denúncia civil contra o Estado de Israel e o ministério da Defesa, pedindo uma indenização simbólica de um dólar.
Testemunhas, pacifistas e palestinos afirmaram que o trator passou por cima de Rachel deliberamente. Asseguram que a manifestação durou mais de duas horas e que os manifestantes eram perfeitamente visíveis para o condutor do equipamento.
Por sua parte, depois de uma investigação, o Exército concluiu que Rachel Corrie morreu "quando perturbava as operações dos buldozeres militares". A promotoria militar arquivou o caso em 2003 e não tomou nenhuma medida disciplinar.
O Exército também acusou a vítima e os demais militantes de terem contribuído para esta morte "por seu comportamento ilegal e irresponsável".