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Tilerson reitera compromisso com paz entre Israel e Palestina

Segundo secretário, proposta de paz americana está em "etapa avançada" mas sua finalização depende de Trump

Tilerson: "Apesar da decisão do presidente Trump sobre Jerusalém, ele disse que dependia das partes decidir as fronteiras de Jerusalém" (Yuri Gripas/Reuters)

Tilerson: "Apesar da decisão do presidente Trump sobre Jerusalém, ele disse que dependia das partes decidir as fronteiras de Jerusalém" (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 14h10.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 14h10.

Amã - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, expressou nesta quarta-feira o compromisso do seu país com o processo de paz entre Israel e os palestinos durante uma visita à Jordânia, país com fortes vínculos com a Palestina e encarregado de proteger os lugares sagrados de Jerusalém.

"Apesar da decisão do presidente (Donald) Trump sobre Jerusalém, o presidente disse que dependia das partes decidir as fronteiras de Jerusalém", declarou Tillerson em entrevista coletiva conjunta com o seu homólogo jordaniano, Ayman Safadi.

Ambos ressaltaram que seus países seguem "comprometidos com o processo de paz", embora tenham reconhecido que mantêm "diferenças" sobre as possíveis soluções ao conflito.

Tillerson declarou que acredita que se encontra em uma "etapa avançada" a redação de uma minuta para uma proposta de paz americana, na qual se esteve trabalhando "nos últimos meses", embora tenha especificado que corresponde ao presidente Trump declarar quando esse documento estará finalizado.

Safadi, por sua parte, considerou que "a solução de dois Estados, com Jerusalém Oriental como a capital do Estado palestino, continua sendo a única solução viável".

No último dia 6 de dezembro Trump rompeu com décadas de consenso internacional ao reconhecer como capital de Israel a cidade de Jerusalém, cuja parte oriental está ocupada desde a Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexada em 1980 contra as resoluções da comunidade internacional.

Desde então, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) congelou seus contatos com representantes americanos por considerar que Washington tomou partido no conflito e, portanto, ficou desacreditado para atuar como mediador no processo de paz.

À margem da questão palestina, Tillerson e Safadi assinaram um memorando de entendimento não vinculativo segundo o qual os Estados Unidos se comprometeram a estender durante os próximos cinco anos a ajuda financeira e militar que oferece à Jordânia por um montante de US$ 1,275 bilhão anuais.

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