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Testemunhas desistem de defender Demóstenes

Nesta terça, o depoimento do senador foi atrasado em um dia e remarcado para a próxima terça-feira, às 9h30 da manhã

Ruy Cruvinel, um advogado de Goiás, foi convidado a pedido de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Demóstenes (José Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 22h14.

Brasília - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) perdeu nesta terça-feira suas duas únicas testemunhas de defesa no processo de cassação no Conselho de Ética do Senado . Depois do advogado Ruy Cruvinel ter declinado do convite para ajudar a defender o senador, os advogados da segunda testemunha arrolada pela defesa o contraventor Carlinhos Cachoeira, informou que ele também não irá.

"O depoimento coincide com o objeto da ação penal que ele responde e não é bom antecipar suas declarações", disse a advogada Dora Cavalcanti, que faz parte da equipe do defensor de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. A avaliação da defesa é que, se der declarações ao Conselho, Cachoeira pode produzir provas contra si. Mesmo na CPMI, onde foi obrigado a comparecer, Cachoeira, por instruções do advogado não respondeu a nenhuma pergunta.

Ruy Cruvinel, um advogado de Goiás, foi convidado a pedido de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Demóstenes. Sem nenhum envolvimento claro no caso, informou por ofício ao Conselho que, como não era obrigado a comparecer, preferia preservar sua privacidade e a da sua família.

Logo depois da prisão de Carlinhos Cachoeira, um jornal de Goiânia teria publicado que Cruvinel, ao ser preso, teria dito que Demóstenes era sócio do contraventor. A notícia teria sido usada pelo Ministério Público contra o senador, mas depois o próprio Cruvinel teria afirmado que nunca fora preso e nem teria dito nada sobre Demóstenes.


"Isso foi usado pelo Ministério Público. Mas em uma nota o advogado dele disse que ele nunca foi preso e nem conhece o senador. Isso mostra que em um processo midiático como esse as coisas crescem mesmo não sendo verdade", justificou Kakay.

Para o relator do caso, senador Humberto Costa (PT-PE), a ausência das testemunhas de defesa não muda o processo e o prejuízo é apenas para Demóstenes. O cronograma, afirma, continuará sendo seguido à risca.

Nesta terça, o depoimento do senador foi atrasado em um dia e remarcado para a próxima terça-feira, às 9h30 da manhã. Inicialmente seria na segunda-feira à noite, às 18h. Kakay confirmou que Demóstenes vai fazer sua defesa. "Ao Conselho de Ética acho que ele tem que vir. Acho que ele tem que prestar satisfação a seus pares", afirmou.

O advogado ainda espera que Humberto Costa decida sobre um pedido que fez, de perícia nas gravações feitas pela Polícia Federal de conversas entre membros do grupo de Cachoeira e o Demóstenes. Ele alega que há deturpações nas transcrições que prejudicam o senador. "Seria importante que isso fosse feito antes do depoimento do senador", afirma.

Humberto Costa prometeu analisar o pedido, mas garante que não fará diferença. "Eu não usei essas gravações no meu relatório preliminar e não pretendo usar agora. Meu relatório é baseado em fatos notórios, não nas gravações", alegou.

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Brasília - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) perdeu nesta terça-feira suas duas únicas testemunhas de defesa no processo de cassação no Conselho de Ética do Senado . Depois do advogado Ruy Cruvinel ter declinado do convite para ajudar a defender o senador, os advogados da segunda testemunha arrolada pela defesa o contraventor Carlinhos Cachoeira, informou que ele também não irá.

"O depoimento coincide com o objeto da ação penal que ele responde e não é bom antecipar suas declarações", disse a advogada Dora Cavalcanti, que faz parte da equipe do defensor de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. A avaliação da defesa é que, se der declarações ao Conselho, Cachoeira pode produzir provas contra si. Mesmo na CPMI, onde foi obrigado a comparecer, Cachoeira, por instruções do advogado não respondeu a nenhuma pergunta.

Ruy Cruvinel, um advogado de Goiás, foi convidado a pedido de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Demóstenes. Sem nenhum envolvimento claro no caso, informou por ofício ao Conselho que, como não era obrigado a comparecer, preferia preservar sua privacidade e a da sua família.

Logo depois da prisão de Carlinhos Cachoeira, um jornal de Goiânia teria publicado que Cruvinel, ao ser preso, teria dito que Demóstenes era sócio do contraventor. A notícia teria sido usada pelo Ministério Público contra o senador, mas depois o próprio Cruvinel teria afirmado que nunca fora preso e nem teria dito nada sobre Demóstenes.


"Isso foi usado pelo Ministério Público. Mas em uma nota o advogado dele disse que ele nunca foi preso e nem conhece o senador. Isso mostra que em um processo midiático como esse as coisas crescem mesmo não sendo verdade", justificou Kakay.

Para o relator do caso, senador Humberto Costa (PT-PE), a ausência das testemunhas de defesa não muda o processo e o prejuízo é apenas para Demóstenes. O cronograma, afirma, continuará sendo seguido à risca.

Nesta terça, o depoimento do senador foi atrasado em um dia e remarcado para a próxima terça-feira, às 9h30 da manhã. Inicialmente seria na segunda-feira à noite, às 18h. Kakay confirmou que Demóstenes vai fazer sua defesa. "Ao Conselho de Ética acho que ele tem que vir. Acho que ele tem que prestar satisfação a seus pares", afirmou.

O advogado ainda espera que Humberto Costa decida sobre um pedido que fez, de perícia nas gravações feitas pela Polícia Federal de conversas entre membros do grupo de Cachoeira e o Demóstenes. Ele alega que há deturpações nas transcrições que prejudicam o senador. "Seria importante que isso fosse feito antes do depoimento do senador", afirma.

Humberto Costa prometeu analisar o pedido, mas garante que não fará diferença. "Eu não usei essas gravações no meu relatório preliminar e não pretendo usar agora. Meu relatório é baseado em fatos notórios, não nas gravações", alegou.

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