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Suspeito de planejar atentado em show de Taylor Swift era seguidor do Estado Islâmico

Jovem declarou que queria matar 'o maior número de pessoas possível'

Fãs da cantora em Viena tentam se informar em telão sobre cancelamento de shows ((Photo by ROLAND SCHLAGER / APA / AFP) / Austria OUT)

Fãs da cantora em Viena tentam se informar em telão sobre cancelamento de shows ((Photo by ROLAND SCHLAGER / APA / AFP) / Austria OUT)

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Agência de notícias

Publicado em 9 de agosto de 2024 às 08h25.

O jovem acusado de planejar um ataque durante um show da estrela americana Taylor Swift em Viena era seguidor do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e preparava um ataque suicida para "matar um grande número de pessoas", informaram os serviços de inteligência da Áustria nesta quinta-feira, 9.

Os organizadores suspenderam os três shows agendados para esta semana em Viena, depois de a polícia ter relatado na quarta-feira a prisão de duas pessoas, incluindo um homem de 19 anos acusado de planejar um ataque a um dos eventos.

"Ele confessou tudo e declarou que tinha a intenção de cometer um atentado com explosivos e armas brancas", declarou em uma entrevista coletiva o diretor do Serviço de Inteligência (DSN), Omar Haijawi-Pirchner.

"O objetivo dele era matar a si mesmo e um grande número de pessoas durante o show, hoje ou amanhã", afirmou.

O acusado deixou seu emprego em 25 de julho dizendo a colegas que tinha "grandes planos", falou a polícia.

As autoridades austríacas informaram que este indivíduo de 19 anos, cidadão austríaco, era originário da Macedônia do Norte. Ele havia "jurado fidelidade" ao grupo jihadista Estado Islâmico e foi preso em uma operação especial na Baixa Áustria, perto da capital Viena.

O segundo suspeito é um "jovem de 17 anos" que foi "contratado durante vários dias por uma empresa terceirizada que prestaria serviços ao estádio durante o show" de quinta-feira, acrescentou Haijawi-Pirchner.

O mais jovem dos acusados estava na área do estádio quando foi preso.

"A situação é séria, mas conseguimos evitar uma tragédia", falou o ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner. Ele também admitiu que serviços estrangeiros de inteligência ajudaram na investigação, já que a legislação do país não permite o monitoramento de mensagens de texto, algo fundamental em casos como esse.

"Grandes shows são sempre alvo preferenciais de ataques terroristas islâmicos", falou Karner, lembrando do ataque em 2015 no Bataclan, em Paris, e a explosão em 2017 no concerto de Ariana Grande em Manchester.

As autoridades prometeram reforçar as medidas de segurança e controles à entrada do estádio, algo que não foi suficiente para tranquilizar os organizadores, que anunciaram a suspensão dos shows na quarta-feira.

O cancelamento causou confusão entre os fãs da cantora, conhecidos como "Swifties".

A estrela de 34 anos estava programada para se apresentar a partir de quinta-feira em Viena, como parte de sua turnê europeia do "The Eras Tour", que começou em Paris em maio.

O que aconteceu em Viena?

Os fãs de Taylor Swift que aguardavam os shows da "Eras Tour" em Viena, na Áustria, foram surpreendidos pelo cancelamento das apresentações devido a uma ameaça terrorista.

A "Eras Tour", que se tornou um fenômeno global, estava programada para atrair quase 200 mil fãs ao longo de três noites em Viena, com ingressos esgotados há meses. A organização do evento, Barracuda Music, decidiu cancelar as apresentações após a descoberta do plano terrorista, priorizando a segurança do público e de todos os envolvidos na produção.

As autoridades locais estavam prontas para reforçar a segurança, incluindo a presença de milhares de policiais no local, mas o nível de risco identificado foi considerado elevado demais, levando ao cancelamento como medida preventiva.

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