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Sarney admite possibilidade de Congresso recriar CPMF

Proposta de tributo para financiar a saúde é defendida por governadores; líder da oposição diz que vai trabalhar para impedir novo imposto

José Sarney, presidente do Senado,  quer que o Congresso discuta um novo imposto (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

José Sarney, presidente do Senado, quer que o Congresso discuta um novo imposto (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 13h54.

Brasília - A defesa de alguns governadores eleitos e do próprio presidente do PSB, Eduardo Campos (PE), da volta da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) repercutiu no Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje (5) que apesar de a presidenta eleita, Dilma Rousseff, ter dito que não pensa em qualquer proposta neste sentido nada impede que o Congresso tome a iniciativa.</p>

"Isso não impede que aqui dentro das casas do Congresso tenha a iniciativa parlamentar restaurando a CPMF", disse Sarney. Ele acrescentou que a primeira alteração neste sentido já foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

O líder do Democratas, Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), por sua vez, ponderou que com uma oposição numericamente mais fraca em 2011, os parlamentares terão que "jogar pesado" para evitar que a iniciativa prospere. "Vamos trabalhar para segurar", acrescentou o parlamentar.

A criação da Contribuição Social de Serviços (CSS), que tramita na Câmara, nada mais é do que a recriação da CPMF, destacou o democrata.

“Todos sabemos – e a própria presidenta eleita parece pensar o mesmo – [a necessidade] de uma reforma no sistema tributário nacional, que desonere a produção e prestação de bens e serviços e que fortaleça o pacto federativo. O Brasil não precisa de mais impostos”, ressaltou o líder do DEM.

O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), qualificou de "escabro e escárnio" qualquer tentativa dos governadores ou da presidenta eleita de levar adiante a ideia.

Com a mesma avaliação do colega do DEM, de a oposição trabalhar com um bloco bem mais reduzido – no Senado, o número de parlamentares contrário ao governo cai de 33 para 22 – Dias afirmou que esses partidos terão que se desdobrar para conseguir uma dissidência na base governista que impeça o andamento da matéria.

Leia também Maioria dos governadores quer a volta da CPMF

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