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Rei jordaniano dissolve Parlamento e convoca eleições

Apesar de já estarem previstas, as medidas anunciadas acabam surpreendendo, já que o monarca havia ordenado uma extensão da última sessão do Parlamento por dois meses

O rei da Jordânia, Abdullah II: as decisões de hoje buscam reduzir a tensão entre o Governo e a oposição islamita (Helene C. Stikkel/U.S. military/ Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 16h13.

Amã - O rei jordaniano, Abdullah II, dissolveu nesta quinta-feira o Parlamento, dois anos antes de completar seu mandato, e convocou eleições legislativas antecipadas, cuja data deverá ser firmada em breve pela Autoridade Eleitoral Independiente.

Apesar de já estarem previstas, as medidas anunciadas acabam surpreendendo, já que o monarca havia ordenado uma extensão da última sessão do Parlamento por dois meses. Aparentemente, o objetivo desta ação era convencer a oposição islamita a não boicotar o pleito, até então previsto para o final deste ano ou início de janeiro.

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Os islamitas anunciaram que boicotariam as eleições em rejeição à adoção da nova lei eleitoral, que estipula um sistema de votação misto, que permitirá que cada cidadão deposite um voto para seu distrito eleitoral e outro em nível nacional.

De acordo com a Constituição, após a dissolução do Parlamento, o governo do primeiro-ministro, Fayez Tarauneh, terá que apresentar sua renúncia no prazo de uma semana, quando será formado um novo executivo para supervisionar os preparativos do processo eleitoral.

Segundo fontes políticas consultadas pela Agência Efe, as decisões de hoje buscam reduzir a tensão entre o Governo e a oposição islamita.

De fato, a dissolução do Parlamento ocorre somente um dia antes da grande manifestação, que foi convocada pela Irmandade Muçulmana para pedir uma reforma política real.

Um protesto pró-governamental também estava previsto para ser realizado nesta sexta, mas, diante do risco de possíveis confrontos, os organizadores decidiram adiar essa manifestação.

A Jordânia se encontra imersa em processo de reforma política prometido por Abdullah II há um ano e meio, quando começaram os protestos no país influenciado pela chamada primavera árabe.

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