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Quem é Julien Blanc, o homem que enfureceu mulheres no mundo

Expulso da Austrália, Blanc se tornou alvo de polêmica mundo afora por suas táticas violentas de conquista de mulheres

Julien Blanc, que foi expulso da Austrália por incitar violência contra a mulher (Reprodução)

Gabriela Ruic

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 10h22.

São Paulo – Ele foi expulso da Austrália e é alvo de petições em lugares como Canadá , Reino Unido e também no Brasil para que sua entrada nestes países seja proibida. Julien Blanc é suíço e tem como profissão ensinar os homens a conquistarem as mulheres . Sua estratégia, contudo, é vista como violenta até mesmo por governos.

“É ofensiva, inapropriada, emocionalmente assustadora, mas efetiva”. É assim que ele descreve a tática que aplica em mulheres no seu site oficial. Blanc é um pick-up artist (PUA), uma espécie de instrutor de paquera, e viaja o mundo ensinando outros homens como, afinal, se dar bem com o sexo oposto.

Blanc é parte de uma empresa especializada neste assunto, chamada Real Social Dynamics (RSD), mas também trabalha sozinho. Chega a cobrar até 3.700 dólares por seus cursos. Na ementa de suas palestras, os alunos aprendem, por exemplo, como conseguir uma namorada, sexo casual ou como dobrar os seguranças de baladas disputadas para entrar nas festas.

Uma de suas estratégias mais famosas é uma na qual o homem agarra a sua pretendente pelo pescoço. De acordo com o jornal Washington Post, Blanc divulgou em seu perfil no Twitter (que agora está protegido), imagens nas quais aparece colocando em prática esta “cantada” e viralizou a hashtag #ChokingGirlsAroundTheWorld (estrangulando meninas por todo o mundo).

Não há muitas informações disponíveis sobre a atuação de Blanc na RSD, mas sabe-se que ele se envolveu com o negócio depois de conhecer o cofundador da empresa, o americano Tyler. Segundo números da RSD, a equipe, que é formada por seis instrutores, já atendeu mais de 40 mil homens por todo o mundo e realizou palestras em mais de 70 países.

Mas foi na última semana que Blanc se tornou o centro das atenções não apenas na internet, mas também em esferas de diferentes governos. Há alguns dias, contou o jornal, uma ativista japonesa, baseada nos Estados Unidos, teve acesso a um vídeo publicado por ele no qual ele aparece tratando as mulheres do país de forma nada lisonjeira.

“Se você é um homem branco em Tóquio, pode fazer o que quiser”, disse ele. Explicou ainda aos seus alunos como poderiam agarrar uma mulher pelo pescoço para levar a cabeça dela até o meio de suas pernas.

Mais tarde, o vídeo mostra o ato sendo praticado com mulheres reais pelas ruas da cidade e em uma casa noturna. Uma petição no Change.org, site especializado em abaixo-assinados, foi colocada no ar pela ativista e na qual ela pedia para que o tour de Blanc fosse cancelado.

Não demorou até que ativistas da Austrália, próximo país a ser visitado por ele, se movimentassem para impedir a realização dos eventos marcados por lá. Os hotéis que sediariam os encontros desistiram das reservas e o visto de Blanc foi cancelado.

“Este homem não está propagando ideias políticas, mas sim incentivando uma forma de abuso depreciativo contra as mulheres”, justificou o ministro da Imigração da Austrália em entrevista ao jornal The Guardian, ao justificar a razão da expulsão do suíço do território australiano.

A mobilização contra as atitudes de Blanc rapidamente se alastraram para outros países. No Reino Unido, por exemplo, outra petição contra a concessão de visto para ele conta com mais 86 mil assinaturas, revela o jornal The Independent.

Em solo canadense, mostrou o site The Huffington Post Canada, Chris Alexander, ministro da Imigração, já se manifestou sobre o tema. No Twitter, Alexander disse que o conteúdo das ideias de Blanc vai contra os valores canadenses e a decência.

No Brasil, a possibilidade de Blanc desembarcar no país também causou polêmica. O Itamaraty declarou em nota oficial que irá avaliar qualquer solicitação de visto feita em nome de Blanc e que “já existem elementos suficientes que recomendam a denegação”.

São Paulo – Estima-se que o mundo levará 81 anos até que consiga superar a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho . O dado foi revelado nesta semana pela pesquisa “ The Global Gender Gap Report ”, produzida anualmente pelo Fórum Econômico Mundial. O objetivo da pesquisa, realizada desde 2006, é o de compreender como está a distribuição de recursos e oportunidades entre os homens e as mulheres. Para tanto, foram avaliados quatro aspectos principais: participação e oportunidade econômica, o acesso à educação, a capacitação política e a saúde e sobrevivência. Quanto mais próxima de 1 é a pontuação do país em um dos fatores investigados, mais igualitária é aquela sociedade. Uma das grandes novidades da edição 2014 do estudo é a estreia de Ruanda, que aparece entre os primeiros lugares que tratam homens e mulheres de forma menos desigual. Outra boa notícia é o fato de que muitos países conseguiram zerar as diferenças entre os gêneros especialmente no que diz respeito ao acesso à educação e também em saúde e sobrevivência. Veja os países que ocupam as 20 primeiras posições do ranking nestas imagens.
  • 2. 1º Islândia

    2 /21(EuroFootball/Stringer)

  • Veja também

    Geral (ranking/pontuação): 1º/0.8594
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 7º/0.8169
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 128º/0.9654
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 1º/ 0.6554
  • 3. 2º Finlândia

    3 /21(Tuomas Puikkonen/Flickr/Flickr)

  • Geral (ranking/pontuação): 2º/0.8453
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 21º/0.7859
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 52º/0.9789
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 2º/0.6162
  • 4. 3º Noruega

    4 /21(Hans Gottun/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 3º/0.8374
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 2º/0.8357
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 98º/0.9695
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 3º/0.5444
  • 5. 4º Suécia

    5 /21(Getty Images)

    Geral (ranking/pontuação): 4º/0.8165
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 15º/0.7989
    Educação (ranking/pontuação): 43º/0.9974
    Capacitação política (ranking/pontuação): 100º/0.9694
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 5º/0.5005
  • 6. 5º Dinamarca

    6 /21(Ryk Venema/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 5º/0.8025
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 12º/0.8053
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 65º/0.9741
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 7º/0.4306
  • 7. 6º Nicarágua

    7 /21(Getty Images)

    Geral (ranking/pontuação): 6º/0.7894
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 95º/0.6347
    Educação (ranking/pontuação): 33º/0.9996
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 4º/0.5439
  • 8. 7º Ruanda

    8 /21(Getty Images)

    Geral (ranking/pontuação): 7º/0.7854
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 25º/0.7698
    Educação (ranking/pontuação): 114º/0.9289
    Capacitação política (ranking/pontuação): 118º/0.9667
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 6º/0.4762
  • 9. 8º Irlanda

    9 /21(Getty Images)

    Geral (ranking/pontuação): 8º/0.7850
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 28º/0.7543
    Educação (ranking/pontuação): 40º/0.9979
    Capacitação política (ranking/pontuação): 67º/0.9739
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 8º/0.4140
  • 10. 9º Filipinas

    10 /21(Veejay Villafranca / Stringer)

    Geral (ranking/pontuação): 9º/0.7814
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 24º/0.7780
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 17º/0.3682
  • 11. 10º Bélgica

    11 /21(Carl Court/Staff)

    Geral (ranking/pontuação): 10º/0.7809
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 27º/0.7577
    Educação (ranking/pontuação): 73º/0.9921
    Capacitação política (ranking/pontuação): 52º/0.9789
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 13º/0.3948
  • 12. 13º Nova Zelândia

    12 /21(Jeff Hitchcock/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 13º/0.7772
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 30º/0.7517
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 96º/0.9698
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 14º/0.3872
  • 13. 12º Alemanha

    13 /21(Gideon/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 12º/0.7780
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 34º/0.7388
    Educação (ranking/pontuação): 34º/ 0.9995
    Capacitação política (ranking/pontuação): 67º/0.9739
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 11º/0.3998
  • 14. 15º Letônia

    14 /21(Roland Lakis/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 15º/0.7691
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 16º/0.7931
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 25º/0.3038
  • 15. 16º França

    15 /21(Pedro Szekely/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 16º/0.7588
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 57º/0.7036
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 20º/0.3520
  • 16. 17º Burundi

    16 /21(PWRDF/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 17º/0.7565
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 1º/0.8630
    Educação (ranking/pontuação): 120º/0.9013
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 30º/0.2822
  • 17. 18º África do Sul

    17 /21(Dan Kitwood/Staff)

    Geral (ranking/pontuação): 18º/0.7527
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 83º/0.6473
    Educação (ranking/pontuação): 85º/0.9869
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 12º/0.3969
  • 18. 19º Canadá

    18 /21(New Brunswick Tourism/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 19º/0.7464
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 17º/0.7928
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 100º/0.9694
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 42º/0.2233
  • 19. 20º Estados Unidos

    19 /21(Damyen Morris/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 20º/0.7463
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 4º/0.8276
    Educação (ranking/pontuação): 4º/0.8276
    Capacitação política (ranking/pontuação): 62º/0.9747
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 54º/0.1847
  • 20. *Brasil (71º)

    20 /21(Francisco Osorio/Flickr)

    Geral (ranking/pontuação): 71º/0.6941
    Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 81º/0.6491
    Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
    Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
    Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 74º/0.1476 *O país foi incluído para efeitos de comparação.
  • 21. Agora veja quais os melhores e piores aeroportos do planeta

    21 /21(Phil Walter / Staff)

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