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Prédio que receberia pacientes com coronavírus é atacado em Hong Kong

As autoridades de Hong Kong decretaram a epidemia que começou no centro da China uma emergência pública

Manifestantes contra o governo chinês atacam prédio que receberia pacientes de coronavírus, dia 26/01/2020 (Tyrone Siu/Reuters)

Manifestantes contra o governo chinês atacam prédio que receberia pacientes de coronavírus, dia 26/01/2020 (Tyrone Siu/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de janeiro de 2020 às 13h05.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 11h59.

Manifestantes lançaram, neste domingo (26) à noite, coquetéis molotov contra um prédio desocupado em Hong Kong que foi escolhido para ser uma área de quarentena para pessoas que podem ser portadoras do coronavírus (vírus 2019-nCoV), informou a polícia.

"Esses atos destrutivos representam uma séria ameaça à segurança das pessoas", disse a polícia de Hong Kong em comunicado.

Um fotógrafo da AFP viu grandes chamas saindo da entrada do prédio antes dos bombeiros intervirem.

As autoridades de Hong Kong decretaram a epidemia que começou no centro da China uma emergência pública e anunciaram uma série de medidas no sábado. Até o momento, seis casos foram detectados no território autônomo.

Entre as medidas adotas, a transformação de um prédio recentemente concluído, mas ainda vazio, no distrito de Fanling, em local de quarentena temporária.

Dezenas de pessoas se reuniram no domingo perto do prédio escolhido e protestaram contra esta instalação. Algumas pessoas bloquearam as ruas e jogaram coquetéis molotov no prédio.

Depois que a manifestação foi dispersada pela polícia, o Centro de Proteção à Saúde disse que os planos para transformar o prédio em um centro de quarentena estavam suspensos.

Um primeiro centro de quarentena já foi instalado em um parque, longe da cidade, enquanto outros dois parques estão prontos para receber outros.

As autoridades disseram que estão com dificuldades para encontrar locais dispostos a acomodar as equipes médicas que trabalham nos centros de tratamento isolados onde os primeiros pacientes são recebidos.

Mais de 300 pessoas morreram em Hong Kong em 2003 na epidemia de SARS, traumatizando uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.

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