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Por que Warren Buffett decidiu não apoiar nem Kamala, nem Trump, nas eleições?

Nas últimas semanas, o bilionário foi alvo de notícias falsas envolvendo seu nome

No passado, Buffett já apoiou candidaturas democratas (David A. Grogan/Getty Images)

No passado, Buffett já apoiou candidaturas democratas (David A. Grogan/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 07h20.

Warren Buffett não endossou Kamala Harris ou Donald Trump nas eleições dos EUA, que acontecem em 5 de novembro. E o investidor deixou claro na última semana que não apoiará publicamente nenhum dos candidatos presidenciais, principalmente depois das notícias falsas envolvendo seu nome.

"O Sr. Buffett não endossa e não endossará produtos de investimento ou candidatos", declarou a Berkshire Hathaway em seu site numa resposta a alegações fraudulentas nas mídias sociais sobre o investidor.

A reticência do CEO da Berkshire pode parecer surpreendente, pois ele já apoiou candidatos presidenciais democratas antes. Ele organizou arrecadações de fundos para Barack Obama em 2011 e apoiou Hillary Clinton em 2016, até mesmo subindo no palco de um comício para criticar Donald Trump por seus negócios falidos, relutância em publicar suas declarações de imposto de renda e tratamento rude com os outros, segundo reportagem do Business Insider.

No entanto, o bilionário de 94 anos explicou por que agora está de boca fechada durante a reunião anual de acionistas da Berkshire. Buffett disse que aprendeu que "você pode deixar muito mais pessoas irritadas do que felizes falando sobre qualquer assunto".

De acordo com o BI, compartilhar suas opiniões sobre assuntos polêmicos pode irritar as pessoas e fazê-las boicotar ou protestar contra as empresas da Berkshire, forçando-as a demitir funcionários e causando danos aos acionistas da Berkshire. Buffett disse que seus funcionários e investidores não deveriam ter que pagar o preço por ele expressar suas opiniões. "Então, decidi recuar — não quero dizer nada que seja atribuído, basicamente, à Berkshire", disse ele.

Isso explica por que Buffett não se manifestou em apoio a Harris. Ele também não apoiou Joe Biden, embora Biden tenha dito a um grupo de executivos de Wall Street em outubro de 2020 que ele havia acabado  "de desligar o telefone com Warren Buffett".

O BI, na reportagem, indica que um contato nos bastidores entre o investidor e a democrata pode ter acontecido em algum momento.

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