Repórter
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 19h43.
A economia da Argentina cresceu menos do que o esperado no terceiro trimestre, com um avanço de apenas 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o período anterior.
Esse resultado ficou abaixo da estimativa mediana de 0,5% de crescimento, segundo analistas consultados pela Bloomberg. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,3%, também abaixo das previsões.
O aumento nas exportações foi um dos principais fatores que levaram ao crescimento no período, enquanto o consumo das famílias e os gastos do governo tiveram uma contribuição positiva. No entanto, o investimento em capital apresentou uma queda significativa.
O trimestre foi marcado por uma combinação de juros elevados, uma atividade econômica lenta e incerteza política. A derrota do partido do presidente Javier Milei nas eleições de setembro gerou uma liquidação nos mercados, o que resultou em um pacote de ajuda de US$ 20 bilhões do governo dos Estados Unidos. No entanto, Milei obteve uma virada nas eleições legislativas de meio de mandato em outubro, o que provocou uma recuperação nos mercados.
Até o momento, as mudanças econômicas promovidas por Javier Milei impulsionaram as exportações, os títulos da dívida e o otimismo dos investidores, mas ainda não conseguiram alavancar o mercado de trabalho, que continua registrando perdas. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso um projeto de reforma trabalhista, visando incentivar mais contratações formais.
Economistas consultados pelo banco central da Argentina preveem um crescimento de 4,4% para este ano, o que colocaria o país entre os de maior expansão da América Latina. Além disso, o ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que o PIB da Argentina pode crescer entre 4% e 8% em 2026.