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Pela primeira vez, Otan acusa China de "abastecer" a Rússia na guerra contra Ucrânia

Declaração feita pelo secretário-geral Jens Stoltenberg falou sobre o assunto durante reunião da cúpula na quarta-feira, 10

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de julho de 2024 às 08h10.

Última atualização em 11 de julho de 2024 às 08h16.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, criticou nesta quarta-feira a China por "apoiar a economia de guerra da Rússia" contra a Ucrânia e disse que os líderes da aliança estão "definindo a responsabilidade" do gigante asiático.

"A mensagem enviada pela Otan a partir desta cúpula é muito forte e muito clara: estamos definindo claramente a responsabilidade da China por sua facilitação da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia", disse Stoltenberg em uma entrevista coletiva.

Stoltenberg disse, em nome dos líderes da aliança militar, que participam de uma cúpula em Washington (EUA), que "a China não pode facilitar o maior conflito na Europa na história recente sem afetar negativamente seus interesses e sua reputação", mas não entrou em detalhes sobre as repercussões.

O diplomata e político considerou que essa posição não é "temporária", mas sim "uma grande mudança estratégica" e advertiu que a Otan deve estar atenta às "ameaças", depois de assinalar que a "guerra de Putin é impulsionada por aqueles que não compartilham nossos valores", referindo-se a Irã, Coreia do Norte e China.

Durante seu discurso, Stoltenberg afirmou que a "maneira mais rápida de acabar com a guerra é perder a guerra, mas isso não traria paz, apenas ocupação".

"Portanto, a menos que queiramos que a Ucrânia perca, a menos que queiramos nos curvar, devemos mostrar compromisso e determinação", acrescentou.

Os líderes da Otan divulgaram anteriormente uma declaração conjunta garantindo seu apoio ao caminho "irreversível" da Ucrânia para a adesão à aliança e se comprometendo a repassar 40 bilhões de euros ao país até 2025 para ajudá-lo a derrotar a Rússia.

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