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Paula Broadwell, a conquista da fama com sabor amargo

Depois de criada toda a polêmica, Paula, casada com um médico e mãe de dois filhos, teve que sair de sua casa de Charlotte, na Carolina do Norte

Paula Broadwell: Paula, que agora ocupa várias capas nos principais jornais do país, se viu obrigada a abandonar o famoso centro educacional de Massachusetts (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 14h07.

Washington - A personalidade de Paula Broadwell não deixou de gerar interesse na imprensa americana desde o anúncio de sua relação com o diretor da CIA (agência de inteligência americana), David Petraeus, o que acabou com a carreira do general mais admirado e condecorado dos Estados Unidos.

Depois de criada toda a polêmica, Paula, casada com um médico e mãe de dois filhos, teve que sair de sua casa de Charlotte, na Carolina do Norte, para fugir da imprensa, essa que tanto tinha buscado, e se refugiar na casa de seu irmão em Washington.

Centenas de jornalistas se posicionaram para fazer guarda na capital americana, enquanto o FBI entrava em sua casa de Charlotte para investigar até onde tinha chegado seu affaire e se através dele tinha obtido informação privilegiada.

Paula, que retornou na noite da última segunda-feira para sua casa depois de dez dias de assédio da mídia, se graduou na Academia Militar de West Point, sempre teve bem claro seu desejo de se destacar nos estudos, no esporte, e de chegar ao mais alto da liderança e do poder.

Após sua passagem pelas Forças Armadas, quando chegou a ser tenente-coronel, a jovem decidiu se dedicar à política externa, um caminho que, em grande medida, percorreu pelas mãos de Petraeus desde que o conheceu em 2006.

Paula tinha servido ao país, e como alguns outros soldados, decidiu aproveitar sua carreira e experiência militar para reconduzir sua trajetória profissional na direção das relações internacionais, e por isso fez mestrado e depois tentou se doutorar na Universidade de Harvard, onde conheceria Petraeus.


No entanto, um ano mais tarde, as coisas começaram a não sair como tinha previsto.

Paula, que agora ocupa várias capas nos principais jornais do país, se viu obrigada a abandonar o famoso centro educacional de Massachusetts, segundo citam alguns meios, porque seu projeto de doutorado não atingiu os exigentes padrões requeridos pela universidade.

O fato não a deteve e, longe do desânimo, lhe trouxe a oportunidade de brilhar que estava procurando.

Para não desperdiçar sua tese de doutorado sobre a natureza e características da liderança, que em grande parte tratava de Petraeus, decidiu transformá-la em uma biografia do general.

O livro a catapultaria para as televisões e para a linha de frente midiática.

Seu projeto lhe deu acesso quase ilimitado ao militar durante o período em que este mandava nas tropas internacionais no Afeganistão, e também mais tarde quando já ocupava o mais alto cargo à frente da CIA, em 2011, momento no qual supostamente começaram sua relação amorosa.

Após seu contato com Petraeus e sua saída de Harvard, Paula fez ver que tinha sido convidada em 2009 pelo general Stanley McChrystal, então comandante americano no Afeganistão, para liderar uma equipe de analistas que pudesse avaliar de maneira externa a estratégia de guerra naquele país.


Mas, segundo asseguraram de forma anônima vários funcionários militares ao jornal "The Washington Post", a pretensão da jovem foi rejeitada pelos assessores de McChrystal que consideraram que sua experiência, suas conexões e suas credenciais acadêmicas não eram suficientemente boas para essa tarefa.

Foi outro tropeço ao qual também não sucumbiu.

Encontrou seu caminho para viajar para o Afeganistão quando o presidente americano, Barack Obama, substituiu McChrystal por Petraeus e se embutiu nas operações do novo comandante em chefe contra os insurgentes.

Quando Petraeus foi transferido para Cabul, Paula começou a fazer viagens regulares para a zona de guerra, momento para o qual ela já tinha decidido transformar sua pesquisa acadêmica em um livro sobre ele.

Paula começou a ganhar peso nos altos círculos de Washington, entre os quais acumulava opositores por causa de sua ambição, mas também felicitações por seu trabalho, sua perseverança e seus trabalhos de arrecadação para organizações beneficentes em favor dos veteranos de guerra.

Após anos de esforço, em janeiro de 2012, publicou seu livro, escrito junto com um jornalista do "Washington Post" sob o título: "All In: The Education of General David Petraeus", e finalmente começou a ver frutos de seu esforço.

Devido ao sucesso da publicação, Paula começou a participar de conferências e programas de televisão que a conduziram pelo caminho que sempre tinha buscado.

Mas recentemente, o protagonista de seu livro e nos últimos anos de sua vida, também seu amante, tornou pública a relação extraconjugal que os unia e apresentou sua renúncia à frente da agência de inteligência, embora sem citar o nome da amante.

No entanto, bastaram poucas horas para que a identidade de Paula Broadwell ressoasse na imprensa de todo o mundo como a principal causadora do último escândalo sexual nos EUA.

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Depois de criada toda a polêmica, Paula, casada com um médico e mãe de dois filhos, teve que sair de sua casa de Charlotte, na Carolina do Norte, para fugir da imprensa, essa que tanto tinha buscado, e se refugiar na casa de seu irmão em Washington.

Centenas de jornalistas se posicionaram para fazer guarda na capital americana, enquanto o FBI entrava em sua casa de Charlotte para investigar até onde tinha chegado seu affaire e se através dele tinha obtido informação privilegiada.

Paula, que retornou na noite da última segunda-feira para sua casa depois de dez dias de assédio da mídia, se graduou na Academia Militar de West Point, sempre teve bem claro seu desejo de se destacar nos estudos, no esporte, e de chegar ao mais alto da liderança e do poder.

Após sua passagem pelas Forças Armadas, quando chegou a ser tenente-coronel, a jovem decidiu se dedicar à política externa, um caminho que, em grande medida, percorreu pelas mãos de Petraeus desde que o conheceu em 2006.

Paula tinha servido ao país, e como alguns outros soldados, decidiu aproveitar sua carreira e experiência militar para reconduzir sua trajetória profissional na direção das relações internacionais, e por isso fez mestrado e depois tentou se doutorar na Universidade de Harvard, onde conheceria Petraeus.


No entanto, um ano mais tarde, as coisas começaram a não sair como tinha previsto.

Paula, que agora ocupa várias capas nos principais jornais do país, se viu obrigada a abandonar o famoso centro educacional de Massachusetts, segundo citam alguns meios, porque seu projeto de doutorado não atingiu os exigentes padrões requeridos pela universidade.

O fato não a deteve e, longe do desânimo, lhe trouxe a oportunidade de brilhar que estava procurando.

Para não desperdiçar sua tese de doutorado sobre a natureza e características da liderança, que em grande parte tratava de Petraeus, decidiu transformá-la em uma biografia do general.

O livro a catapultaria para as televisões e para a linha de frente midiática.

Seu projeto lhe deu acesso quase ilimitado ao militar durante o período em que este mandava nas tropas internacionais no Afeganistão, e também mais tarde quando já ocupava o mais alto cargo à frente da CIA, em 2011, momento no qual supostamente começaram sua relação amorosa.

Após seu contato com Petraeus e sua saída de Harvard, Paula fez ver que tinha sido convidada em 2009 pelo general Stanley McChrystal, então comandante americano no Afeganistão, para liderar uma equipe de analistas que pudesse avaliar de maneira externa a estratégia de guerra naquele país.


Mas, segundo asseguraram de forma anônima vários funcionários militares ao jornal "The Washington Post", a pretensão da jovem foi rejeitada pelos assessores de McChrystal que consideraram que sua experiência, suas conexões e suas credenciais acadêmicas não eram suficientemente boas para essa tarefa.

Foi outro tropeço ao qual também não sucumbiu.

Encontrou seu caminho para viajar para o Afeganistão quando o presidente americano, Barack Obama, substituiu McChrystal por Petraeus e se embutiu nas operações do novo comandante em chefe contra os insurgentes.

Quando Petraeus foi transferido para Cabul, Paula começou a fazer viagens regulares para a zona de guerra, momento para o qual ela já tinha decidido transformar sua pesquisa acadêmica em um livro sobre ele.

Paula começou a ganhar peso nos altos círculos de Washington, entre os quais acumulava opositores por causa de sua ambição, mas também felicitações por seu trabalho, sua perseverança e seus trabalhos de arrecadação para organizações beneficentes em favor dos veteranos de guerra.

Após anos de esforço, em janeiro de 2012, publicou seu livro, escrito junto com um jornalista do "Washington Post" sob o título: "All In: The Education of General David Petraeus", e finalmente começou a ver frutos de seu esforço.

Devido ao sucesso da publicação, Paula começou a participar de conferências e programas de televisão que a conduziram pelo caminho que sempre tinha buscado.

Mas recentemente, o protagonista de seu livro e nos últimos anos de sua vida, também seu amante, tornou pública a relação extraconjugal que os unia e apresentou sua renúncia à frente da agência de inteligência, embora sem citar o nome da amante.

No entanto, bastaram poucas horas para que a identidade de Paula Broadwell ressoasse na imprensa de todo o mundo como a principal causadora do último escândalo sexual nos EUA.

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