Os 10 países mais felizes do mundo
Pesquisa do instituto internacional Legatum afirma que a Noruega é o país mais feliz do mundo; Brasil é o 42º
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 18h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h28.
São Paulo - Uma pesquisa feita pelo instituto internacional Legatum mostra quais são os países mais felizes do mundo em 2011. A medição não é tão objetiva quanto o cálculo de índices de inflação ou taxas de juros. Por isso, a pesquisa usa uma lista considerável de critérios que influenciam na qualidade de vida dos cidadãos. A conclusão é que a Noruega é o país mais feliz. Para tentar chegar perto de entender e medir a felicidade dos países, os pesquisadores investigaram temas como o acesso à educação e à saúde; a liberdade política e religiosa; estabilidade financeira; nível de emprego; poder aquisitivo; grau de burocracia e facilidades para abrir o próprio negócio; número de casamentos e divórcios, dentre outros. A última edição do estudo considera informações de 110 países, cobrindo praticamente 90% da população mundial. Entre os 10 primeiros países estão nações nórdicas e grandes economias europeias. Na décima posição, mesmo depois das sacudidas da crise, estão os Estados Unidos. O Brasil, que na pesquisa do ano passado estava na 45ª posição, em 2011 aparece no ranking na 42ª, porém, ainda atrás do Kwuait (35º), da Grécia (40º) e da Argentina (39º).
A Noruega, com seus indicadores de fazer inveja, é o país mais feliz do mundo. Ele está entre os primeiros do mundo em quase todos os critérios considerados no estudo. A população do país convive com preços estáveis nos mercados e lojas e modestas taxas de desemprego. A satisfação dos noruegueses com os serviços providos pelo governo é praticamente unânime. O estudo diz que oito entre 10 habitantes do país confia na regulação das autoridades sobre o ambiente de negócios. São os mesmos que afirmam que a infraestrutura no país é sólida o bastante para estimular o empreendedorismo. Além disso, 58% dos cidadãos confiam no governo e se dizem satisfeitos com a democracia no país. O regime político em vigor atualmente já dura 63 anos, o que sugere um alto nível de estabilidade. Os sistemas educacional e de saúde agradam a parcelas superiores a 90% da população. Esta mesma maioria também se diz satisfeita com a liberdade de expressão, de culto religioso, e de associação a partidos políticos.
A Dinamarca é o segundo país mais feliz do mundo. Dentre os fatores que contribuem para a posição no ranking, o ambiente de negócios é destaque. Os custos para abrir um novo empreendimento são os mais baixos. Além disso, novas empresas são amparadas por estruturas confiáveis de internet de banda larga e telefonia celular. A prosperidade e estabilidade da economia também chamam a atenção. Menos de 3% da população da Dinamarca relatou ter enfrentado dificuldades para sustentar a família em 2011. Dentre as 110 nacionalidades estudadas pelo instituto Legatum, os dinamarqueses são os que apresentam o melhor padrão de vida. O país se destaca também no setor público. A democracia dinamarquesa é uma das mais desenvolvidas do mundo, com espaço para debates políticos e liberdade de opinião. Os serviços de educação e saúde básica são bem avaliados pela população. A máquina pública da Dinamarca é a segunda mais eficiente do mundo, perdendo apenas para a da Noruega.
No terceiro país mais feliz do mundo, a Austrália, o indicador mais bem avaliado pela população é a educação. Os australianos têm acesso garantido a escolas de qualidade, sobretudo no nível equivalente aos ensinos fundamental e médio do Brasil. Mais de 95% dos pais garante que seus filhos tem a cada dia boas oportunidades de aprendizado e crescimento. Além disso, os australianos também mostram satisfação com a política. O governo conta com índices elevados de aprovação. A percepção de corrupção no país por parte dos cidadãos é baixa. E, finalmente, os habitantes consideram que a máquina pública é eficiente, e que há transparência nas decisões políticas.
Para os neozelandeses, a garantia de liberdades individuais é uma das melhores características do país. Estes e outros indicadores bem avaliados garantem a Nova Zelândia na quarta posição no ranking dos mais felizes do mundo. Os cidadãos do país, segundo o estudo da Legatum, gozam de plenas liberdades de expressão, crença, orientação política, dentre outras. Há também na sociedade uma elevada percepção de tolerância com minorias raciais e étnicas. Outra avaliação positiva do país é quanto à educação. A pesquisa mostra que a Nova Zelândia tem o segundo melhor sistema educacional do mundo. Mais de 83% dos cidadãos dizem estar satisfeitos com a qualidade das escolas em todos os níveis.
A Suécia aparece na quinta posição entre os países mais felizes do mundo. E segurança é um dos motivos para tanta alegria. O país não enfrenta ameaças externas e não tem episódios de distúrbios causados por imigrantes. Além disso, o índice de homicídios é baixo. Cerca de 80% dos cidadãos diz que sente segurança ao andar na rua à noite. Os suecos avaliam bem o ambiente de negócios no país. Os elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento garantem um mercado dinâmico, com boas oportunidades de emprego. Além disso, o clima neste ambiente é visto como ideal para o empreendedorismo, já que os custos para abrir e manter um negócio estão entre os mais baixos do mundo.
O governo canadense é o sétimo mais eficiente do mundo, com um sistema eleitoral bem administrado, que garante a satisfação dos eleitores. Os gastos com educação estão em quinto lugar entre os maiores do mundo, girando em torno de 4.085 dólares per capta. Entre os participantes da pesquisa, apenas 1% declararam ter sido vitimas de crime nos últimos 12 meses, quarta menor média do ranking global. Como resultado, mais de quatro quintos da população se sente segura andando sozinha à noite. A qualidade da educação é outro destaque: há um professor para cada 17 alunos em sala de aula no ensino primário. Cerca de 80% dos entrevistas se considera feliz com o sistema educacional.
Os finlandeses estão entre os países melhor qualificados no quesito educação. Cerca de 94% dos estudante elegíveis frequentam o ensino superior – a segunda maior taxa de adesão do mundo. Oito entre dez finlandeses estão felizes com a sua saúde e índice de mortalidade infantil é o sétimo menor do mundo. A expectativa de vida dos cidadãos é de 72 anos, a 18ª maior do mundo. As redes de apoio social também são fortes: os finlandeses estão entre os que mais confiam uns nos outros e nove entre dez dizem poder contar com amigos e parentes em momentos de necessidade.
A Suíça é o país com melhor desempenho no quesito democracia. Os cidadãos demonstram forte confiança no governo e nas instituições. Com o terceiro maior gasto em saúde por pessoa, o país tem uma expectativa média de vida de 75 anos, a segunda maior do mundo. Os suíços também estão extremamente felizes com o nível de liberdade pessoal: 89% se mostraram satisfeitos neste quesito, colocando o país no 13º lugar no ranking. No entanto, a tolerância com estrangeiros não é um forte da população: apenas três quartos dos entrevistados considera sua vizinhança tolerante a imigrantes.
Os holandeses se destacam entre os povos mais solidários: 75% doaram algum dinheiro para a caridade e 37% fizeram algum tipo de trabalho voluntário no mês anterior à realização das entrevistas para a pesquisa. O país tem a segunda maior taxa de satisfação com os padrões de vida do mundo, com 96% dos cidadãos declarando ter tido condições de prover moradia e alimentação satisfatória para a sua população. A satisfação com a saúde está em 88% entre os holandeses, colocando o país em 15º no ranking. Cerca de 90% consideram que a beleza do local onde vivem lhes dá prazer. Os cidadãos do país também gozam de um alto grau de liberdade: 92% estão satisfeitos com o nível de escolha que têm para fazer o que bem entendem da vida.
O governo norte-americano é o que mais gasta com saúdo no mundo, colocando o país em primeiro lugar no ranking. A expectativa de vida é de 70 anos. Apesar das turbulências econômicas, o país oferece condições interessantes para os empreendedores, o que o coloca em quinto lugar no ranking entre os que mais oferecem oportunidades. A satisfação da população com a educação está abaixo da média global, posicionando os Estados Unidos em 76º lugar, mas apesar disso 82% dos entrevistados acreditam que seus filhos têm oportunidades suficientes para aprender no dia a dia.