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Número de refugiados na Ucrânia supera 4 milhões, acima das projeções

Ao todo, são 10 milhões de pessoas deslocadas dentro e fora do país e outras 13 milhões sem conseguir fugir em áreas que estão sob ataque, diz ONU

Refugiados na Ucrânia rumo à Hungria: 4,02 milhões cruzaram as fronteiras até 29 de março (Christopher Furlong/Getty Images)
Drc

Da redação, com agências

Publicado em 30 de março de 2022 às 09h06.

Última atualização em 30 de março de 2022 às 09h09.

O número de refugiados que fugiram da Ucrânia superou a marca de quatro milhões, de acordo com o balanço atualizado divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) nesta quarta-feira, 30.

A Europa não registrava um fluxo de refugiados de tal intensidade desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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"Somos confrontados com as realidades de uma crise humanitária massiva que cresce a cada segundo", escreveu o Acnur em seu perfil no Twitter.

Cerca de 4,02 milhões de ucranianos atravessaram as fronteiras do país desde 24 de fevereiro, data dos primeiros bombardeios. O número já supera a projeção feita pelo Acnur no início da guerra.

Mais da metade buscou refúgio na Polônia, que recebeu mais de 2,3 milhões de pessoas até o momento.

Além disso, no total, mais de 10 milhões de ucranianos foram obrigados a deixar suas casas devido à guerra - o equivalente a quase 25% da população de 44 milhões de pessoas. Além dos que saíram do país, a maioria migrou dentro da própria Ucrânia para áreas menos afetadas.

O alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, está na Ucrânia para acompanhar os trabalhos.

O Acnur também informou que há 13 milhões de pessoas presas em áreas afetadas pela guerra ou que não conseguem sair.

Há casos como o da população de Mariupol, no sul da Ucrânia, onde mais de 100 mil pessoas estão sitiadas, com pouco acesso a água e comida. A cidade é uma das mais atacadas na guerra e contabiliza 5 mil mortes, na contagem das autoridades ucranianas.

A população de refugiados até agora é formado sobretudo por mulheres e crianças, uma vez que homens entre 18 e 60 anos estão impedidos de deixar a Ucrânia.

Embora a Polônia seja o principal destino por fazer fronteira com a Ucrânia no oeste, a tendência é que parte dos refugiados cada vez mais siga para outros países da Europa Ocidental.

Projeções apontam que, se o conflito perdurar por muito tempo e grande parte dos refugiados for permanentemente deslocada, serviços na Europa podem sofrer colapso e a economia chegar a um cenário de recessão.

(Com AFP)

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