Primeiro-ministro afirma que fará "tudo que puder para pôr a Europa no centro da atividade" de seu Governo (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 20h07.
Bruxelas - O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, recebeu nesta terça-feira o apoio das instituições europeias para realizar as reformas que seu país precisa para enfrentar a grave crise da dívida e reativar a economia para recuperar a confiança dos mercados.
Monti se reuniu em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, para apresentar seu programa de reformas, que também abordará na sexta-feira em Roma com o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.
Após afirmar que fará "tudo que puder para pôr a Europa no centro da atividade" de seu Governo, prometeu aplicar plenamente os acordos das últimas cúpulas da zona do euro e da União Europeia (UE) e respeitar os compromissos assumidos por seu antecessor, Silvio Berlusconi, inclusive o equilíbrio orçamentário em 2013.
O primeiro-ministro italiano se manteve em segundo plano na coletiva de imprensa, enquanto Barroso e Van Rompuy destacaram sua capacidade para conduzir a economia do país rumo à consolidação fiscal e orçamentária e à redução da dívida pública, de 120% do PIB, o dobro do permitido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE.
Van Rompuy considerou que todos os países da UE se beneficiarão da "impressionante experiência" de Monti e de sua visão da Europa. "É um ativo para todos nós", frisou.
Por sua vez, Barroso qualificou o primeiro-ministro como uma pessoa "comprometida, competente e experiente" e por isso se mostrou convencido que a Itália superará a difícil prova da crise da dívida com um esforço sustentado.
Apesar dos elogios, o presidente da Comissão afirmou que o Governo italiano tem uma "responsabilidade histórica" pela frente e que os olhos da Europa e do mundo estão postos sobre o país.
Por essa razão, a Comissão Europeia supervisiona o cumprimento das reformas por parte do Governo italiano, que Monti disse que aceita sem "segundas intenções".