Lula deve se encontrar com Papa Francisco no G7 nesta sexta-feira
Presidente participa de reunião como convidado; eles devem conversar sobre combate à fome e transição energética
Redação Exame
Publicado em 14 de junho de 2024 às 07h45.
Última atualização em 14 de junho de 2024 às 17h19.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira, da cúpula do G7 na Itália, evento que reúne os líderes das sete maiores economias do mundo — e convidados. Segundo ano consecutivo em que o brasileiro é chamado para a reunião, Lula participa a convite da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e deve tratar sobre temas como inteligência e transição energética.
Lula também levará para o G7 as pautas do Brasil no G20, como o combate à fome e pobreza, a mitigação das mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável, taxação dos super-ricos e a chamada reforma da governança global. A cúpula dos líderes do G20 acontece em novembro no Rio de Janeiro.
A ideia da participação do brasileiro no G7 é reforçar uma parceria entre as duas presidências dos grupos, já que o Brasil preside a edição deste ano do G20. A decisão de manter um diálogo sobre as gestões do G7 e G20 foi tomada durante reunião bilateral com a primeira-ministra italiana em visita do presidente brasileiro ao país no ano passado.
Além disso, a ida do presidente é estratégica para a preparação da Conferência do Clima da ONU (COP30), que acontece em 2025 e será sediada pelo Brasil em Belém, trazendo para o país delegações do mundo todo.
Até o momento, o governo brasileiro confirmou cinco encontros bilaterais que Lula terá na manhã de sexta-feira: o Papa Francisco; o premier da Índia Narendra Mod; e os presidentes da França (Emannuel Macron), da África do Sul (Cyril Ramaphosa) e da Comissão Europeia (Ursula von der Leyen).
Será a oitava vez que Lula participa do G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2009 — desde então, o Brasil não era chamado ao encontro, convite que só aconteceu novamente em 2023.
Um dia antes de sua participação na cúpula, Lula abriu o evento da OIT na Suíça,que tem como tema central a justiça social, com um discurso contra a desigualdade e a exclusão. Em sua fala, o petista criticou o acúmulo de riqueza no mundo e fez críticas ao mercado financeiro. A conferência começou no dia 3 e segue até 14 de junho.
Com a tragédia climática no Rio Grande do Sul, a presença do presidente no G7 era uma dúvida. Lula chegou a ser criticado por opositores pela viagem à Itália. Na última sexta-feira, 7, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu nas redes que Lula não governa em prol do povo, mas em “prol de si mesmo”. “Para ele, o mais importante é o próximo voo e não o que o povo precisa”, disse.