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Líder norte-coreano ameaça com 'ataque nuclear' se for provocado

Os comentários de Kim ocorreram após uma reunião na semana passada entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos em Washington

Kim Jong Un: A Coreia do Norte se declarou no ano passado uma potência nuclear "irreversível" (Gamma Rapho/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 07h15.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, advertiu que seu país não hesitará em lançar um ataque nuclear se for "provocado com armas nucleares", informou a imprensa estatal nesta quinta-feira, 21.

Os comentários de Kim ocorreram após uma reunião na semana passada entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos em Washington, onde os dois países discutiram a dissuasão nuclear em caso de um conflito com a Coreia do Norte.

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A agenda da reunião incluiu "planejamento nuclear e estratégico", e os aliados reafirmaram que qualquer ataque nuclear de Pyongyang contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul resultaria no fim do regime norte-coreano.

Kim, no entanto, disse ao Escritório de Mísseis de suas Forças Armadas que "não hesitem inclusive (em lançar) um ataque nuclear quando o inimigo o provocar com armas nucleares", informou a agência oficial KCNA nesta quinta-feira.

Washington, Seul e Tóquio divulgaram posteriormente um comunicado no qual afirma que a Coreia do Norte deve "parar de realizar provocações e aceitar nosso apelo para participar de um diálogo substantivo sem condições".

Os três países intensificaram a cooperação militar diante da série de testes nucleares realizados este ano pela Coreia do Norte, e na terça-feira ativaram um sistema para compartilhar informações em tempo real sobre o lançamento de mísseis norte-coreanos.

Na segunda-feira, a Coreia do Norte lançou seu míssil balístico mais poderoso, o Hwasong-18, e o classificou como "uma contramedida de advertência" diante do que chamou de atos de "ameaça militar" de Washington e seus aliados.

"Estado de guerra"

Na semana passada, um submarino nuclear dos Estados Unidos chegou ao porto sul-coreano de Busan, e na quarta-feira os Estados Unidos deslocaram bombardeiros de longo alcance para realizar manobras com a Coreia do Sul e Tóquio.

O Norte enfatizou recentemente que "a península coreana está e, estado de guerra por lei" e que os "meios estratégicos" enviados por Washington ao Sul serão "os primeiros alvos de destruição".

Em outubro, quando um bombardeiro americano B-52, com capacidade nuclear, participou na primeira manobra conjunta com Seul e Tóquio, o Norte chamou o exercício "ações de provocação intencionais de guerra nuclear por parte dos Estados Unidos".

Pyongyang considera as manobras de Washington e de seus aliados como a preparação para uma invasão e justifica os lançamentos de mísseis como "contramedidas" necessárias.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul fez declarações inflamadas recentemente. Na semana passada, o país alertou que a Coreia do Norte enfrentará um "inferno de destruição" caso participe em qualquer ação "temerária que destrua a paz".

A Coreia do Norte se declarou no ano passado uma potência nuclear "irreversível" e insistiu, em várias ocasiões, que nunca renunciará a seu programa nuclear, que o regime considera essencial para sua sobrevivência.

Em uma declaração separada, a influente irmã do líder norte-coreano, Kim Yo Jong, criticou o Conselho de Segurança da ONU por convocar uma sessão para discutir o mais recente lançamento de míssil, que ela defendeu como um direito inerente do país.

"Os incessantes exercícios militares dos Estados Unidos e das suas forças vassalas (lembram) um dos preparativos gerais para a invasão, sob o pretexto de dissuadir as ameaças de alguém", declarou.

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