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Kerry tenta manter Israel e Palestina na mesa de negociações

O secretário de Estado americano, John Kerry, se esforçava para manter na mesa de negociações os representantes israelenses e palestinos

O secretário de Estado americano, John Kerry (e), se encontra com o líder da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas: Kerry chegou na noite desta terça-feira a Jerusalém (Fadi Arouri/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 12h26.

Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , se esforçava nesta quarta-feira para manter na mesa de negociações os representantes israelenses e palestinos, que se acusam mutuamente de sabotar o processo de paz.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quarta os palestinos pela criação de "crises artificiais" nas negociações de paz.

"Estou preocupado com o avanço porque vejo que os palestinos estão criando crises artificiais e fogem das decisões firmes que são necessárias para estabelecer uma paz verdadeira", declarou Netanyahu.

"Espero que sua visita os ajude a seguir novamente para um local onde possamos conseguir a paz histórica que tanto buscamos", disse o premier israelense a Kerry, com que ficará reunido por três horas.

Os palestinos afirmaram na terça-feira que se recusam a continuar com as negociações enquanto Israel prosseguir com os assentamentos.

"Há três meses acertamos certos termos", recordou Netanyahu, referindo-se ao fato de que o Estado hebreu aceitou a exigência palestina de uma libertação por etapas de 104 prisioneiros, apesar de rejeitar o congelamento da colonização.

"Respeitamos escrupulosamente os termos do acordo e o entendimento a partir do qual lançamos as negociações", insistiu Netanyahu.

"Sempre há dificuldades e tensões. Tenho confiança em nossa capacidade para superá-las", declarou ainda.


"Ainda nos restam seis meses, segundo o calendário fixado, e confio em nossa capacidade para obter progressos", assegurou, por sua parte, o secretário americano.

"Necessitamos de espaço para negociar de forma privada, secreta e tranquila, e continuaremos fazendo isso", acrescentou Kerry, que impôs às duas partes um silêncio total sobre o conteúdo das discussões.

Na véspera, uma fonte palestina afirmou que as negociações de paz com Israel não vingarão enquanto persistir a colonização dos territórios ocupados.

"A parte israelense está determinada a prosseguir com a colonização e não podemos continuar com as negociações em meio à ofensiva sem precedentes nas colônias", afirmou o dirigente, ao final de uma difícil sessão de tratativas entre israelenses e palestinos.

"As negociações entre palestinos e israelenses fracassaram durante a sessão da noite desta terça-feira", destacou a mesma fonte.

John Kerry chegou na noite desta terça-feira a Jerusalém para uma visita destinada a relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos.

Depois de se reunir com Netanyahu em Jerusalém, ele se encontrou com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.

Esta visita acontece no momento em que, segundo a imprensa israelense, Israel propôs que o traçado da barreira de separação na Cisjordânia sirva de base para as discussões de paz, e não as linhas de antes de 1967, como exigem os palestinos.

Os negociadores israelenses propuseram a seus homólogos palestinos que essa barreira (com 85% de seu traçado na Cisjordânia, isolando 9,4% do território palestino, o que inclui Jerusalém Oriental, segundo a ONU) sirva de ponto de partida para as discussões, indicaram nesta terça o jornal Yediot Aharonot e a rádio pública israelense.


Por outro lado, Israel quer manter algumas colônias judias isoladas da Cisjordânia - Beit El, Psagot e Nokdim -, segundo as mesmas fontes.

Consultado a respeito, um porta-voz de Netanyahu não confirmou as informações, indicando que não comentaria as negociações em andamento.

A questão do estatuto de Jerusalém também foi abordada, indica a imprensa israelense.

"Os detalhes não estão claros, mas durante um encontro foi discutida uma zona na qual as duas partes estarão livres para circular", explica o Yediot, acrescentando que, a pedido de Israel, a maior parte das reuniões estarão relacionadas à questão da segurança.

Perguntado a respeito desse ponto, uma autoridade israelense, que não quis se identificar, afirmou que Israel "havia dito claramente aos palestinos que Jerusalém continuará unificada sob a soberania israelense".

Já o presidente Abbas disse acreditar na paz com Israel, durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe de Estado polonês, Bronislaw Komorowski, em Belém, na Cisjordânia.

"Chegamos a um acordo com os americanos para realizarmos sessões intensivas durante nove meses e espero que consigamos chegar a uma solução pacífica e justa", declarou.

Os negociadores palestinos exigem que as discussões sejam realizadas com base nas linhas anteriores ao início da ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, em junho de 1967, com trocas de territórios equivalentes.

Israel exige a manutenção de uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão e que as trocas de territórios sejam regidas por suas necessidades de segurança, afirmou à AFP uma fonte palestina ligada ao tema, que teve sua identidade preservada.

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Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , se esforçava nesta quarta-feira para manter na mesa de negociações os representantes israelenses e palestinos, que se acusam mutuamente de sabotar o processo de paz.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quarta os palestinos pela criação de "crises artificiais" nas negociações de paz.

"Estou preocupado com o avanço porque vejo que os palestinos estão criando crises artificiais e fogem das decisões firmes que são necessárias para estabelecer uma paz verdadeira", declarou Netanyahu.

"Espero que sua visita os ajude a seguir novamente para um local onde possamos conseguir a paz histórica que tanto buscamos", disse o premier israelense a Kerry, com que ficará reunido por três horas.

Os palestinos afirmaram na terça-feira que se recusam a continuar com as negociações enquanto Israel prosseguir com os assentamentos.

"Há três meses acertamos certos termos", recordou Netanyahu, referindo-se ao fato de que o Estado hebreu aceitou a exigência palestina de uma libertação por etapas de 104 prisioneiros, apesar de rejeitar o congelamento da colonização.

"Respeitamos escrupulosamente os termos do acordo e o entendimento a partir do qual lançamos as negociações", insistiu Netanyahu.

"Sempre há dificuldades e tensões. Tenho confiança em nossa capacidade para superá-las", declarou ainda.


"Ainda nos restam seis meses, segundo o calendário fixado, e confio em nossa capacidade para obter progressos", assegurou, por sua parte, o secretário americano.

"Necessitamos de espaço para negociar de forma privada, secreta e tranquila, e continuaremos fazendo isso", acrescentou Kerry, que impôs às duas partes um silêncio total sobre o conteúdo das discussões.

Na véspera, uma fonte palestina afirmou que as negociações de paz com Israel não vingarão enquanto persistir a colonização dos territórios ocupados.

"A parte israelense está determinada a prosseguir com a colonização e não podemos continuar com as negociações em meio à ofensiva sem precedentes nas colônias", afirmou o dirigente, ao final de uma difícil sessão de tratativas entre israelenses e palestinos.

"As negociações entre palestinos e israelenses fracassaram durante a sessão da noite desta terça-feira", destacou a mesma fonte.

John Kerry chegou na noite desta terça-feira a Jerusalém para uma visita destinada a relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos.

Depois de se reunir com Netanyahu em Jerusalém, ele se encontrou com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.

Esta visita acontece no momento em que, segundo a imprensa israelense, Israel propôs que o traçado da barreira de separação na Cisjordânia sirva de base para as discussões de paz, e não as linhas de antes de 1967, como exigem os palestinos.

Os negociadores israelenses propuseram a seus homólogos palestinos que essa barreira (com 85% de seu traçado na Cisjordânia, isolando 9,4% do território palestino, o que inclui Jerusalém Oriental, segundo a ONU) sirva de ponto de partida para as discussões, indicaram nesta terça o jornal Yediot Aharonot e a rádio pública israelense.


Por outro lado, Israel quer manter algumas colônias judias isoladas da Cisjordânia - Beit El, Psagot e Nokdim -, segundo as mesmas fontes.

Consultado a respeito, um porta-voz de Netanyahu não confirmou as informações, indicando que não comentaria as negociações em andamento.

A questão do estatuto de Jerusalém também foi abordada, indica a imprensa israelense.

"Os detalhes não estão claros, mas durante um encontro foi discutida uma zona na qual as duas partes estarão livres para circular", explica o Yediot, acrescentando que, a pedido de Israel, a maior parte das reuniões estarão relacionadas à questão da segurança.

Perguntado a respeito desse ponto, uma autoridade israelense, que não quis se identificar, afirmou que Israel "havia dito claramente aos palestinos que Jerusalém continuará unificada sob a soberania israelense".

Já o presidente Abbas disse acreditar na paz com Israel, durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe de Estado polonês, Bronislaw Komorowski, em Belém, na Cisjordânia.

"Chegamos a um acordo com os americanos para realizarmos sessões intensivas durante nove meses e espero que consigamos chegar a uma solução pacífica e justa", declarou.

Os negociadores palestinos exigem que as discussões sejam realizadas com base nas linhas anteriores ao início da ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, em junho de 1967, com trocas de territórios equivalentes.

Israel exige a manutenção de uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão e que as trocas de territórios sejam regidas por suas necessidades de segurança, afirmou à AFP uma fonte palestina ligada ao tema, que teve sua identidade preservada.

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