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Kamala defende mudanças de opinião, mas ressalta ter "os mesmos valores"

Candidata do Partido Democrata à presidência concedeu entrevista para a rede de TV CNN

A vice-presidente dos EUA e candidata presidencial democrata de 2024, Kamala Harris, acena enquanto fala no quarto e último dia da Convenção Nacional Democrata (DNC) no United Center em Chicago, Illinois, em 22 de agosto de 2024 (Robyn Beck/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 07h31.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 07h31.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, concedeu nesta quinta-feira, 29, sua primeira entrevista em profundidade desde que foi nomeada candidata pelo Partido Democrata à presidência, e alegou que mantém os mesmos princípios, apesar de ter mudado de opinião em algumas questões de governo.

Desde que o atual mandatário, Joe Biden, abandonou a candidatura à reeleição, em 21 de julho, Kamala falou com alguns repórteres e até mesmo com influenciadores digitais, mas essa foi sua primeira entrevista formal. Ela escolheu a rede de televisão CNN para uma participação gravada e estava acompanhada por seu candidato a vice, o governador de Minnesota, Tim Walz.

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Na entrevista, Kamala alegou que sua evolução política de procuradora-geral do estado da Califórnia para senadora e vice-presidente dos EUA não envolveu uma mudança de valores em questões como imigração ou mudança climática.

Ela acrescentou que, embora tenha mudado algumas de suas posições desde que assumiu a vice-presidência, em janeiro de 2021, seus valores permanecem intactos.

“O aspecto mais importante e significativo de minha perspectiva e minhas decisões políticas é que meus valores não mudaram”, ressaltou, ao ser questionada sobre sua mudança em questões como segurança nas fronteiras e a extração de hidrocarbonetos por fraturamento hidráulico ('fracking').

A jornalista da CNN Dana Bash lembrou que, em setembro de 2019, ela era a favor da aplicação de uma proibição federal dessa técnica de extração de petróleo e gás do subsolo. Porém, quando no poder, ela deu o voto decisivo para ampliar os contratos do setor e, nesta quinta-feira, garantiu que não vetará essa prática, que é importante no estado da Pensilvânia, um dos que pode decidir a eleição presidencial de novembro.

Kamala também defendeu a guinada mais restritiva do governo Biden em relação à imigração, limitando o acesso aos pedidos de asilo.

“Deve haver consequências (para travessias ilegais). Temos leis que precisam ser aplicadas para lidar com pessoas que cruzam a fronteira ilegalmente”, afirmou.

Essa primeira entrevista deu a Kamala a oportunidade de enfatizar que, em seu primeiro dia como presidente, ela implementará o plano em favor de uma “economia de oportunidades”, de acordo com o que ela disse ser uma de suas principais prioridades: “Apoiar e fortalecer a classe média”.

Desde que se candidatou, não faltaram críticas ao fato de Kamala não ter adotado durante seu mandato as medidas previstas como eventual sucessora deBiden.

“Assumi o cargo durante o auge da pandemia. Nossa prioridade era fazer o possível para resgatar os Estados Unidos (...) Primeiro tínhamos que nos recuperar”, alegou.

Kamala também garantiu na entrevista que Biden lhe ofereceu apoio para sua candidatura pelo Partido Democrata na mesma ligação telefônica em que o presidente anunciou que havia desistido de tentar a reeleição.

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