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Justiça de Honduras anula dois julgamentos de Zelaya

A decisão atende aos apelos da comunidade internacional e do atual presidente de hondurenho, Porfirio Pepe Lobo

Em setembro de 2009, Zelaya foi deposto do poder por uma ação organizada por setores do Executivo, do Legislativo e do Judiciário (Alex Wong/Getty Images)

Em setembro de 2009, Zelaya foi deposto do poder por uma ação organizada por setores do Executivo, do Legislativo e do Judiciário (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 09h37.

Brasília - A Corte de Apelações de Honduras anulou ontem (2) dois julgamentos referentes ao ex-presidente do país Manuel Zelaya. A decisão atende aos apelos da comunidade internacional e do atual presidente de hondurenho, Porfirio Pepe Lobo. Mas, para o Ministério Público do país, Zelaya é suspeito de desvio de recursos públicos e corrupção no período em que esteve no governo.

As informações são da rede multiestatal de televisão Telesur, com sede em Caracas. A iniciativa foi elogiada pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. Para o secretário-geral, a medida é uma sinalização de que em breve Zelaya poderá retornar a Honduras.

Segundo Insulza, a medida de suspender os julgamentos referentes a Zelaya foi a condição imposta pela OEA para o retorno de Honduras à organização. O país foi suspenso da OEA em julho de 2009, depois da retirada de Zelaya do poder.

Em junho de 2010, um grupo de especialistas fez uma série de recomendações às autoridades de Honduras para que o país voltasse a ser reintegrado à entidade. As orientações ocorreram logo depois da saída do ex-presidente do governo.

Em setembro de 2009, Zelaya foi deposto do poder por uma ação organizada por setores do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. A iniciativa causou reações na comunidade internacional. Para o Brasil, o reconhecimento do governo Pepe Lobo e o retorno de Zelaya – que vive atualmente na República Dominicana – a Honduras estão vinculados à concessão de anistia ao ex-presidente.

Depois do episódio em Honduras, os governos da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Equador, do Paraguai, do Uruguai, da Venezuela e da Nicarágua não reconheceram a gestão de Pepe Lobo - que tomou posse em 27 de janeiro de 2010.

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