Jordânia alerta EUA sobre declarar Jerusalém capital de Israel
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, o reconhecimento irá gerar "repercussões perigosas"
EFE
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 10h25.
Amã - O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, afirmou nesta segunda-feira a seu homólogo americano, Rix Tillerson, que o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel por parte dos Estados Unidos acarretará "repercussões perigosas".
"Qualquer decisão que reconheça Jerusalém como a capital de Israel acarretará repercussões perigosas devido à alta estima que Jerusalém têm não só para palestinos e jordanianos, mas também para mundo árabe e o muçulmano", disse Safadi, citado pela agência oficial jordaniana "Petra".
Segundo a agência, o ministro jordaniano expressou ao secretário de Estado americano a necessidade de preservar o status histórico e legal de Jerusalém e "evitar tomar qualquer decisão que poderia mudar tal status".
Em uma conversa por telefone, Safadi acrescentou a Tillerson que um passo assim "afetaria negativamente os esforços dos Estados Unidos de conseguir a paz entre palestinos e israelenses e provocaria uma maior tensão na região".
A conversa entre ambos ministros acontece depois que na última sexta-feira vários meios de comunicação americanos informaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cogita reconhecer Jerusalém como capital de Israel, um gesto que a maioria da comunidade internacional rejeita.
Segundo a "Petra", o chefe da diplomacia jordaniana tem se dirigido à Liga Árabe e à Organização para a Cooperação Islâmica para pedir que os ministros de Exteriores dos países de ambas organizações mantenham contatos para discutir uma possível resposta caso Washington finalmente reconheça Jerusalém como a capital israelense.