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Israel diz ter atingido QG de inteligência do Hezbollah na Síria

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, ataques israelenses mataram dois membros do Hezbollah ao sul de Damasco

Soldados do exército libanês protegem a área de um ataque de drone israelense que teve como alvo um veículo na estrada internacional Beirute/Damasco, em Aaraiya, a leste de Beirute  (AFP)

Soldados do exército libanês protegem a área de um ataque de drone israelense que teve como alvo um veículo na estrada internacional Beirute/Damasco, em Aaraiya, a leste de Beirute (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 19h23.

Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 19h39.

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Israel anunciou que a sua Força Aérea atingiu o quartel-general da inteligência do braço sírio do Hezbollah em um ataque perto da área de Sayyeda Zeinab, ao sul de Damasco, nesta segunda-feira, 4 de novembro.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra com sede no Reino Unido, a ação matou dois membros do Hezbollah no local, próximo a um santuário xiita protegido por grupos pró-Irã.

Este foi um raro reconhecimento pelas autoridades israelenses de um ataque contra a Síria, que não está diretamente envolvida na guerra no Oriente Médio, embora seja uma área de passagem importante para o envio de armas do Irã para o Hezbollah, no Líbano. Desde a escalada do conflito contra o movimento xiita libanês, em setembro, os ataques contra o território sírio também aumentaram.

Em comunicado, Israel disse que "[Aviões de guerra] realizaram uma operação aérea e atingiram alvos terroristas do Hezbollah pertencentes ao quartel-general da inteligência do Hezbollah na Síria". No texto, os militares afirmam que o QG "inclui uma rede independente de coleta, coordenação e avaliação de inteligência".

As Forças Armadas israelenses disseram que o QG operou por muito tempo sob o comando de Mahmoud Mohammed Shahin, morto no mês passado. O quartel-general era supervisionado pelo chefe da inteligência do Hezbollah, Hossein Ali al-Zima, assassinado em um ataque de Israel a Beirute há um mês — o mesmo em que o cotado a sucessor do líder Hassan Nasrallah, Hashem Safieddine, foi morto.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que os ataques desta segunda também atingiram uma casa “usada por membros do Hezbollah e da Guarda Revolucionária Iraniana” em uma fazenda.

O Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou o ataque, dizendo que ele teve como alvo “áreas civis” ao sul de Damasco e causou danos materiais significativos, sem fazer referência a vítimas.

A mídia estatal síria afirmou que o ataque ocorreu aproximadamente às 17h18 (14h15 GMT) e veio “da direção das Colinas de Golã ocupadas”.

Mehdi Mahfouz, um morador de 34 anos da área, disse que “ouviu três explosões sucessivas, uma delas muito forte”.

“Depois, vi uma grande nuvem negra de fumaça subindo”, acrescentou Mahfouz.

As explosões foram ouvidas no subúrbio vizinho de Jaramana, em Damasco, segundo um fotógrafo da AFP, enquanto ambulâncias se dirigiam para a área.

Desde o início da guerra civil síria em 2011, Israel realizou centenas de ataques no país, visando principalmente posições do Exército e combatentes apoiados pelo Irã, inclusive do Hezbollah.

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