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Israel devolverá dinheiro de impostos retidos aos palestinos

Netanyahu aceitou a recomendação do ministro da Defesa e do serviço secreto para devolver o dinheiro arrecadado, antes que isso afete a situação na Cisjordânia


	O dinheiro, que supera US$ 1 bilhão, provém dos impostos e taxas de alfândegas que Israel arrecada para os palestinos em virtude do protocolo econômico do Acordo de Oslo
 (Jack Guez/AFP)

O dinheiro, que supera US$ 1 bilhão, provém dos impostos e taxas de alfândegas que Israel arrecada para os palestinos em virtude do protocolo econômico do Acordo de Oslo (Jack Guez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 14h27.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu nesta sexta-feira devolver o dinheiro dos impostos que são retidos para Autoridade Nacional Palestina (ANP) desde janeiro, informou seu escritório em comunicado.

"Devido à deterioração da situação no Oriente Médio, é preciso atuar com responsabilidade e levar em consideração o que é pertinente na luta decisiva contra elementos extremistas", diz uma breve nota de imprensa do Escritório do Primeiro-ministro.

A nota acrescenta que Netanyahu decidiu aceitar a recomendação do ministro da Defesa, Moshe Yaalon, do Exército e do serviço secreto Shabak, para devolver o dinheiro arrecadado, antes que isso afete a situação na Cisjordânia e se transforme em uma nova revolta palestina.

A decisão também levou em conta, segundo a nota oficial, "fatores humanitários" e "o grosso dos interesses israelenses neste momento".

O dinheiro, que supera US$ 1 bilhão, provém dos impostos e taxas de alfândegas que Israel arrecada para os palestinos em virtude do protocolo econômico do Acordo de Oslo, assinado em meados dos anos 90.

Israel decidiu congelar as transferências mensais em janeiro como medida de represália quando os palestinos apresentaram a solicitação de acesso ao Tribunal Penal Internacional (TPI), o que causou sérios problemas às finanças palestinas.

Nas últimas semanas, o Exército israelense tinha advertido que a medida era prejudicial para a calma na zona e pressionava para que o governo levasse em conta os elementos relacionados com a segurança antes que os políticos.

O Executivo israelense antecipou que serão devolvidos os impostos acumulados até fevereiro e que da soma global serão deduzidas as quantias que a ANP tem em dívida com Israel por eletricidade, água e serviços médicos prestados a sua população. 

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