Investimento em energia limpa precisa dobrar até 2020, diz AIE
Cerca de 23,9 trilhões de dólares em investimentos são necessários até 2020 e 140 trilhões até metade deste século
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2012 às 16h55.
Paris - Investimentos globais em energia limpa precisam dobrar até 2020 para evitar que as metas relacionadas às mudanças climáticas não sejam cumpridas, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta segunda-feira, pedindo aos governos que destinem mais recursos a tecnologias como armazenamento de carbono e energia solar.
Cerca de 23,9 trilhões de dólares em investimentos são necessários até 2020 e 140 trilhões até metade deste século, período em que governos pretendem manter um aumento médio na temperatura global abaixo de dois graus Celsius, disse a organização baseada em Paris.
Nações em todo o mundo terão de desembolsar, a partir de agora até 2050, 36 trilhões de dólares a mais que a estimativa atual, com a China tendo que arcar com a maior parcela.
Mas nações afetadas pela recessão pode encontrar certo conforto na avaliação da AIE de que cada dólar adicional investido em energia limpa pode gerar 3 dólares em economia de combustível no futuro, com a economia total ultrapassando os investimentos até 2025.
"Nossa atual falha em entender o completo potencial da tecnologia de energia limpa é alarmante", disse a diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven, em comunicado.
"A contínua forte dependência de um reduzido grupo de tecnologias e combustíveis fósseis é uma ameaça significativa para segurança energética, crescimento econômico estável e bem-estar global, assim como para o meio ambiente", disse.
Segundo a agência, as tecnologias com maior potencial, como captura e armazenamento de carbono, energia eólica offshore e energia de concentração solar (CSP), estão apresentando os menores progressos.
Apesar do portfólio de projetos ser considerável, a recessão e a contenção de gastos em muitos países estão desviando fundos e retardando projetos de CSP, um sistema que usa lentes para focar uma grande quantidade de luz solar em uma pequena área para gerar energia, disse a agência.
A AIE citou a Espanha e os Estados Unidos, líderes mundiais na tecnologia de concentração solar, como exemplos.
Outra tecnologia com potencial ainda não realizado é a captura e armazenamento de carbono, vista como a única que permite setores da industria como fábricas de aço e ferro a atingir as metas de redução de emissões, afirmou a AIE.
Os governos precisam exigir níveis de desempenho mais severos nos setores de construção civil e transportes para melhorar a eficiência energética, acrescentou.
Somente as tecnologias mais maduras como hidrelétrica, biomassa, eólica onshore e produção solar fotovoltaica estão tendo progresso suficiente, segundo a agência.
"Eletricidade de baixa geração de carbono já é competitiva em muitos mercados e terá uma fatia crescente na geração nos próximos anos", afirmou o relatório.
No setor de transportes, a AIE disse que a meta dos governos para veículos elétricos, estabelecida em 20 milhões de veículos nas ruas em 2020, são encorajadoras, mas pode ser difícil de ser atingida, tendo de dobrar a atual capacidade planejada da indústria.
Paris - Investimentos globais em energia limpa precisam dobrar até 2020 para evitar que as metas relacionadas às mudanças climáticas não sejam cumpridas, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta segunda-feira, pedindo aos governos que destinem mais recursos a tecnologias como armazenamento de carbono e energia solar.
Cerca de 23,9 trilhões de dólares em investimentos são necessários até 2020 e 140 trilhões até metade deste século, período em que governos pretendem manter um aumento médio na temperatura global abaixo de dois graus Celsius, disse a organização baseada em Paris.
Nações em todo o mundo terão de desembolsar, a partir de agora até 2050, 36 trilhões de dólares a mais que a estimativa atual, com a China tendo que arcar com a maior parcela.
Mas nações afetadas pela recessão pode encontrar certo conforto na avaliação da AIE de que cada dólar adicional investido em energia limpa pode gerar 3 dólares em economia de combustível no futuro, com a economia total ultrapassando os investimentos até 2025.
"Nossa atual falha em entender o completo potencial da tecnologia de energia limpa é alarmante", disse a diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven, em comunicado.
"A contínua forte dependência de um reduzido grupo de tecnologias e combustíveis fósseis é uma ameaça significativa para segurança energética, crescimento econômico estável e bem-estar global, assim como para o meio ambiente", disse.
Segundo a agência, as tecnologias com maior potencial, como captura e armazenamento de carbono, energia eólica offshore e energia de concentração solar (CSP), estão apresentando os menores progressos.
Apesar do portfólio de projetos ser considerável, a recessão e a contenção de gastos em muitos países estão desviando fundos e retardando projetos de CSP, um sistema que usa lentes para focar uma grande quantidade de luz solar em uma pequena área para gerar energia, disse a agência.
A AIE citou a Espanha e os Estados Unidos, líderes mundiais na tecnologia de concentração solar, como exemplos.
Outra tecnologia com potencial ainda não realizado é a captura e armazenamento de carbono, vista como a única que permite setores da industria como fábricas de aço e ferro a atingir as metas de redução de emissões, afirmou a AIE.
Os governos precisam exigir níveis de desempenho mais severos nos setores de construção civil e transportes para melhorar a eficiência energética, acrescentou.
Somente as tecnologias mais maduras como hidrelétrica, biomassa, eólica onshore e produção solar fotovoltaica estão tendo progresso suficiente, segundo a agência.
"Eletricidade de baixa geração de carbono já é competitiva em muitos mercados e terá uma fatia crescente na geração nos próximos anos", afirmou o relatório.
No setor de transportes, a AIE disse que a meta dos governos para veículos elétricos, estabelecida em 20 milhões de veículos nas ruas em 2020, são encorajadoras, mas pode ser difícil de ser atingida, tendo de dobrar a atual capacidade planejada da indústria.