Mundo

Guerra de Israel-Hamas: ONU alerta para risco de fome em Gaza; comida está perto de acabar

Em Gaza, palestinos têm se aglomerado em hospitais e escolas nesta segunda-feira, 16, em busca de abrigo

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, negou que exista uma trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas (MOHAMMED ABED /AFP)

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, negou que exista uma trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas (MOHAMMED ABED /AFP)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de outubro de 2023 às 11h57.

À medida que os suprimentos de alimentos, água e medicamentos diminuem na Faixa de Gaza, que está sob o cerco de Israel, agências humanitárias alertam para um colapso no enclave, incluindo o risco de fome generalizada. O Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, afirmou no domingo, 15, que seus alimentos no enclave estão terminando.

Em entrevista à CNN, Corinne Fleischer, diretora regional da organização humanitária, declarou que o PAM está ficando sem reservas em Gaza e não consegue entrar no enclave para levar mais alimentos. "Estamos conversando com todas as partes para podermos entrar. Infelizmente, ainda não recebemos essa aprovação. Precisamos conseguir cruzar a fronteira, precisamos ter corredores de abastecimento seguros para ir aos abrigos e distribuir o comida", disse Fleischer.

De acordo com a emissora, Fleischer afirmou que o programa ainda tem suprimentos para alimentar 1,3 milhão de pessoas. Até agora, o PAM forneceu alimentos enlatados, pão e dinheiro a 520 mil pessoas na região.

Crise humanitária

Em Gaza, palestinos têm se aglomerado em hospitais e escolas nesta segunda-feira, 16, em busca de abrigo. Mais de um milhão de pessoas fugiram das suas casas antes de uma esperada invasão terrestre israelita destinada a destruir o Hamas, depois dos seus combatentes terem atacado o sul de Israel.

Centenas de milhares de palestinos abrigados em instalações da ONU consomem menos de um litro de água por dia. Os hospitais alertam que estão à beira do colapso, com geradores de emergência que alimentam máquinas como ventiladores e incubadoras, com combustível e suprimentos de medicamentos quase esgotados para cerca de um dia.

Conforme os suprimentos diminuem, todos os olhares se voltam para a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, onde caminhões que transportavam ajuda aguardavam há dias enquanto os mediadores pressionavam por um cessar-fogo que lhes permitiria entrar em Gaza e permitir a saída de estrangeiros. Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, foi fechada há quase uma semana devido aos ataques aéreos israelitas.

Cessar-fogo negado

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, negou que exista uma trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas. "Não há cessar-fogo, nem entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros", afirmou.

O comunicado veio pouco depois de a agência Reuters divulgar uma notícia afirmando que Egito, Israel e os EUA teriam concordado com um cessar-fogo no sul de Gaza a partir das 3h desta segunda-feira, 16, para a reabertura da passagem da fronteira de Rafah. A informação havia sido dada por fontes de segurança egípcias à Reuters.

(Com agências internacionais).

Para entender entre conflito Israel e Hamas:

Acompanhe tudo sobre:Faixa de GazaIsraelONU

Mais de Mundo

Sob pressão para desistir de reeleição, Biden tenta usar reunião da Otan para mostrar força

Mujica vive 'momento mais difícil' de tratamento para câncer, afirma sua esposa

Petro pede grande mobilização de camponeses para promover reforma agrária

Terceiro caso humano de peste bubônica é confirmado nos Estados Unidos

Mais na Exame