Grécia prossegue com retirada de migrantes de Idomeni
As autoridades estimam que o desmantelamento total do campo pode levar uma semana
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2016 às 10h20.
A polícia grega retomou nesta quarta-feira a operação de evacuação do campo de Idomeni, perto da Macedônia, onde milhares de migrantes e refugiados vivem há meses em condições extremas de insalubridade e insegurança.
As autoridades esperam transferir durante o dia "aproximadamente o mesmo número" de migrantes que na véspera, quando 2.000 foram levados de ônibus a centros de acolhimento perto de Salônica, 80 km ao sul, indicou uma fonte policial à AFP.
Se este plano for cumprido, quase a metade das 8.400 pessoas que viviam neste campo terão sido retiradas. As autoridades estimam que o desmantelamento total do campo pode levar uma semana.
Setecentos policiais, com o apoio de helicópteros, voltaram a ser mobilizados desde o início da manhã. A operação "prossegue com normalidade e calma, como ontem", acrescentou a fonte policial, que pediu o anonimato.
Entre os migrantes transferidos na terça-feira figuram 662 sírios, 1.273 curdos e 96 yazidis.
"Tentamos separá-los por nacionalidade, para evitar tensões", disse outra fonte policial.
Cem migrantes recusaram na terça-feira a transferência aos novos centros de acolhida e se dirigiram a Salônica a pé.
Idemeni ficou lotada depois que os países dos Bálcãs fecharam em fevereiro suas fronteiras para frear a entrada constante de multidões que fogem das guerras e da miséria no Oriente Médio, na Ásia e na África, em direção a países da Europa central ou setentrional.
A enxurrada humana criou tensões na Europa sobre a maneira de enfrentar a pior crise migratória do continente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
A polícia voltou a vetar o acesso dos meios de comunicação à zona, com exceção dos estatais.
Na terça-feira, a televisão pública Ert 1 e a agência estatal ANA mostraram imagens de migrantes esperando a transferência em ônibus. Alguns acenavam para as câmeras e muitos carregavam seus pertences em sacos de lixo ou os empilhavam em carrinhos de bebê.
"Tudo está indo bem, graças a Deus. Inclusive melhor que o esperado. Os imigrantes estavam cansados e provavelmente perceberam que a fronteira não seria aberta", estimou na terça-feira uma fonte policial.
A ONG Oxfam defendeu o direito dos migrantes de obter uma "informação completa" sobre sua situação e receber atendimento médico.
"Pessoas vulneráveis (...) são tratadas como peões de xadrez", denunciou a Oxfam em um comunicado.
Muitos migrantes são mulheres e crianças desesperados para se reunir com seus maridos e pais que partiram antes, pagando traficantes, com a esperança de se instalar em algum país da União Europeia com melhores perspectivas econômicas que a endividada Grécia.
A polícia grega retomou nesta quarta-feira a operação de evacuação do campo de Idomeni, perto da Macedônia, onde milhares de migrantes e refugiados vivem há meses em condições extremas de insalubridade e insegurança.
As autoridades esperam transferir durante o dia "aproximadamente o mesmo número" de migrantes que na véspera, quando 2.000 foram levados de ônibus a centros de acolhimento perto de Salônica, 80 km ao sul, indicou uma fonte policial à AFP.
Se este plano for cumprido, quase a metade das 8.400 pessoas que viviam neste campo terão sido retiradas. As autoridades estimam que o desmantelamento total do campo pode levar uma semana.
Setecentos policiais, com o apoio de helicópteros, voltaram a ser mobilizados desde o início da manhã. A operação "prossegue com normalidade e calma, como ontem", acrescentou a fonte policial, que pediu o anonimato.
Entre os migrantes transferidos na terça-feira figuram 662 sírios, 1.273 curdos e 96 yazidis.
"Tentamos separá-los por nacionalidade, para evitar tensões", disse outra fonte policial.
Cem migrantes recusaram na terça-feira a transferência aos novos centros de acolhida e se dirigiram a Salônica a pé.
Idemeni ficou lotada depois que os países dos Bálcãs fecharam em fevereiro suas fronteiras para frear a entrada constante de multidões que fogem das guerras e da miséria no Oriente Médio, na Ásia e na África, em direção a países da Europa central ou setentrional.
A enxurrada humana criou tensões na Europa sobre a maneira de enfrentar a pior crise migratória do continente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
A polícia voltou a vetar o acesso dos meios de comunicação à zona, com exceção dos estatais.
Na terça-feira, a televisão pública Ert 1 e a agência estatal ANA mostraram imagens de migrantes esperando a transferência em ônibus. Alguns acenavam para as câmeras e muitos carregavam seus pertences em sacos de lixo ou os empilhavam em carrinhos de bebê.
"Tudo está indo bem, graças a Deus. Inclusive melhor que o esperado. Os imigrantes estavam cansados e provavelmente perceberam que a fronteira não seria aberta", estimou na terça-feira uma fonte policial.
A ONG Oxfam defendeu o direito dos migrantes de obter uma "informação completa" sobre sua situação e receber atendimento médico.
"Pessoas vulneráveis (...) são tratadas como peões de xadrez", denunciou a Oxfam em um comunicado.
Muitos migrantes são mulheres e crianças desesperados para se reunir com seus maridos e pais que partiram antes, pagando traficantes, com a esperança de se instalar em algum país da União Europeia com melhores perspectivas econômicas que a endividada Grécia.