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Na Itália, ganhos da máfia rivalizam com lucros da Fiat

Tráfico de drogas controlado pela máfia movimenta mais de 32 bilhões de euros por ano, segundo promotores antimáfia italianos


	Máfia: tráfico de drogas movimenta o equivalente aos ganhos da Fiat, mas com margem de lucro maior
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Máfia: tráfico de drogas movimenta o equivalente aos ganhos da Fiat, mas com margem de lucro maior (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 21h08.

Roma - Mafiosos italianos ganham tanto dinheiro vendendo narcóticos na Itália quanto a Fiat ganha vendendo carros, e eles ainda não pagam impostos, disse o gabinete dos promotores antimáfia nesta quarta-feira.

Citando estimativas do programa sobre narcóticos e crime das Nações Unidas, os promotores afirmaram que o comércio de narcóticos rende mais de 32 bilhões de euros por ano para o crime organizado, que controla o comércio de drogas na Itália.

"É como se a principal fabricante de carros do país junto com os seus fornecedores, provedores de serviço e concessionárias pagassem todos os seus salários e fornecedores e produzissem tudo completamente sem registro e sob nenhuma legislação, e então vendessem e reinvestissem tudo sem pagar impostos”, afirmou o relatório anual da promotoria antimáfia.

"A pequena diferença é que a margem de lucro para os traficantes de drogas é pelo menos dez vezes maior do que a de qualquer fabricante industrial.”

O estudo diz que a máfia calabresa, conhecida como a ‘Ndrangheta, havia se tornado a principal fornecedora de cocaína sul-americana na Europa.

Graças aos laços “privilegiados” com grupos criminosos sul-americanos que “reconhecem a credibilidade total dos clãs da Calábria”, a ‘Ndrangheta também se estabeleceu como a principal fornecedora de cocaína para outros grupos mafiosos na Itália, disse o documento.

De julho de 2014 a junho de 2015, a Itália apreendeu quatro toneladas de cocaína, uma queda de mais de 8 por cento em relação ao período anterior. No porto de Gioia Tauro, na Calábria, três toneladas da droga foram apreendidas pela polícia nos últimos três anos.

O relatório usava para comparação os ganhos da Fiat na Itália, e não da produção mundial do mais amplo grupo Fiat Chrysler.

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