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FMI estuda ampliar prazo de empréstimo à Grécia

A linha de crédito da instituição, que geralmente tem um cronograma de amortização de três anos, pode ser substituída por uma linha ampliada que autoriza pagamentos em até 10 anos

Greve geral na Grécia: medidas de austeridade da crise geraram protestos da população (Milos Bicanski/Getty Images)

Greve geral na Grécia: medidas de austeridade da crise geraram protestos da população (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 19h37.

São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) estuda estender o prazo para o pagamento do empréstimo que concedeu à Grécia, se o país precisar de mais tempo, afirmou a porta-voz da instituição, Caroline Atkinson. O FMI afirmou publicamente no início deste ano que propôs que o programa da Grécia fosse transferido da atual linha de crédito da instituição, que geralmente tem um cronograma de amortização de três anos, para uma linha ampliada de crédito, que autoriza pagamentos em até 10 anos.

"Estamos abertos à ideia de uma negociação e de dar mais tempo para a Grécia, se o país precisar de mais prazo para concluir o pagamento do empréstimo. E a linha ampliada de crédito prevê um período mais longo", afirmou Atkinson, numa reunião regular do fundo.

Um grupo de economistas, analistas e funcionários do governo da zona do euro têm dito que a Grécia vai precisar de mais 60 bilhões de euros, aproximadamente, além do empréstimo conjunto recebido da União Europeia e do FMI. Mas funcionários do Fundo ainda afirmam que a dívida da Grécia é sustentável no âmbito do programa atual.

A consideração de um prazo mais longo para pagamento da dívida "não tem nada a ver com saber ou não se a dívida é sustentável", disse Atkinson, quando questionada porque o fundo está estudando um novo cronograma de vencimento se a dívida grega é considerada sustentável agora. Ela destacou ainda, que a taxa de juros da linha ampliada de crédito é a mesma que a atual linha de crédito do Fundo.

Outra fonte oficial do FMI afirmou que, se o conselho aprovar a mudança para o calendário mais longo para o pagamento do empréstimo, ela provavelmente só será aplicada nas parcelas restantes da dívida.

O diretor do departamento europeu do FMI, Antônio Borges, declarou hoje que "neste momento, com base no nosso programa, nós pensamos que a Grécia deve ser (conduzida) na direção certa para uma posição onde a dívida é sustentável. Nestas circunstâncias, não há necessidade de qualquer tipo de reestruturação".

Ele ressaltou, porém, que o FMI está preparado para ajudar se a Grécia pedir um socorro financeiro adicional e que o fundo sempre poderá rever a sua posição sobre o país em função de novos dados. Ele destacou a expansão do programa de privatizações grego, sob o qual cerca de US$ 280 bilhões em ativos imobiliários poderão ser vendidos. As informações são da Dow Jones.

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