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Ex-secretário argentino é preso enterrando dinheiro

José López foi secretário de Obras Públicas durante os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua esposa Cristina (2007-2015)


	Argentina: a agência estatal de notícias "Telám" afirma que o ex-secretário foi preso quando tentava enterrar cerca de US$ 5 milhões
 (Martin Acosta / Reuters)

Argentina: a agência estatal de notícias "Telám" afirma que o ex-secretário foi preso quando tentava enterrar cerca de US$ 5 milhões (Martin Acosta / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 12h08.

Buenos Aires -  José López, secretário de Obras Públicas da Argentina durante os governos de Nestór e Cristina Kirchner (2003-2015), foi preso nesta terça-feira quando enterrava milhões de dólares em um terreno de um mosteiro de General Rodríguez, cidade da província de Buenos Aires.

Fontes oficiais disseram à Agência Efe que López estava armado e que a prisão ocorreu no início da manhã de hoje.

Ele foi secretário de Obras Públicas durante os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua esposa Cristina (2007-2015), com Julio Vido como ministro do Planejamento Federal, pasta à qual a Secretaria de Obras Públicas é subordinada.

A agência estatal de notícias "Telám" afirma que o ex-secretário foi preso quando tentava enterrar cerca de US$ 5 milhões, que agora estão sendo contados pelos policiais. Além disso, fontes judiciais informaram que López carregava um fuzil calibre 22.

O atual chefe do Gabinete de Ministros da Argentina, Marcos Peña, disse hoje em entrevista coletiva que "se confirma que havia enorme problemas de transparência" durante o governo anterior.

"A notícia que chegou é que a polícia da província de Buenos Aires o prendeu com uma importantíssima soma de dinheiro em dólares e uma arma de guerra", disse Peña durante entrevista.

"Ficamos assombrados pela situação quase cinematográfica do que ocorreu", completou um dos principais aliados do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, que assumiu o cargo em dezembro.

Nos últimos meses, várias figuras do kirchnerismo estão sendo investigados pela Justiça em diversos casos de corrupção.

Em abril, o promotor federal Guillermo Marijuán pediu uma investigação contra Cristina e De Vido em um caso de lavagem de dinheiro.

Pelo escândalo, já foi preso o empresário Lázaro Báez, colaborador próximo da ex-presidente, e que venceu várias licitações de obras públicas na província de Santa Cruz. 

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