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Ex-funcionária de reformatório denuncia abusos na Austrália

Ex-funcionária de um reformatório do estado de Queensland, no nordeste da Austrália, denunciou neste sábado abusos a menores

Queensland, Austrália: grupo de 15 guardas rendeu de maneira violenta um garoto de 15 anos só por insultá-los, declarou testemunha (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2016 às 09h52.

Sydney - Uma ex-funcionária de um reformatório do estado de Queensland, no nordeste da Austrália , denunciou neste sábado abusos a menores, dias depois que um canal mostrasse imagens de maus-tratos a adolescentes em um centro juvenil do norte do país, informaarm veículos de imprensa locais.

Shayleen Solomon, que trabalhou durante seis anos no centro de detenção juvenil Cleveland, na cidade de Townsville, descreveu abusos físicos e emocionais realizados pelos guardas contra jovens internos.

Um grupo de 15 guardas rendeu de maneira violenta um garoto de 15 anos só por insultá-los, declarou Shayleen ao programa Lateline da TV australiana "ABC".

O adolescente começou a bater com a cabeça no chão até sangrar enquanto implorava que terminasse o castigo físico, revelou a ex-funcionária sobre alguns casos em 2012.

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, pediu no início da semana a abertura de uma investigação no centro juvenil Don Dale, no norte da cidade de Darwin, depois que uma reportagem da "ABC" mostrasse com vídeos e fotografias de torturas a jovens realizadas pelos guardas do local.

Um adolescente com o pescoço amarrado a uma cadeira e a cabeça coberta por um capuz ou o uso de gás lacrimogêneo contra menores em suas celas são alguns dos abusos, segundo as imagens divulgadas.

O relator especial da ONU contra a Tortura, Juan Méndez, afirmou na última quinta-feira que os incidentes de suposto maus-tratos no reformatório de Darwin "poderiam equivaler à tortura ou a um tratamento desumano degradante e cruel sob qualquer circunstância".

Os aborígenes entre 10 e 17 anos de idade representam 59% da população carcerária na Austrália, um país de 23 milhões de habitantes, dos quais cerca de 450 mil são aborígenes, segundo dados da Anistia Internacional.

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Shayleen Solomon, que trabalhou durante seis anos no centro de detenção juvenil Cleveland, na cidade de Townsville, descreveu abusos físicos e emocionais realizados pelos guardas contra jovens internos.

Um grupo de 15 guardas rendeu de maneira violenta um garoto de 15 anos só por insultá-los, declarou Shayleen ao programa Lateline da TV australiana "ABC".

O adolescente começou a bater com a cabeça no chão até sangrar enquanto implorava que terminasse o castigo físico, revelou a ex-funcionária sobre alguns casos em 2012.

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, pediu no início da semana a abertura de uma investigação no centro juvenil Don Dale, no norte da cidade de Darwin, depois que uma reportagem da "ABC" mostrasse com vídeos e fotografias de torturas a jovens realizadas pelos guardas do local.

Um adolescente com o pescoço amarrado a uma cadeira e a cabeça coberta por um capuz ou o uso de gás lacrimogêneo contra menores em suas celas são alguns dos abusos, segundo as imagens divulgadas.

O relator especial da ONU contra a Tortura, Juan Méndez, afirmou na última quinta-feira que os incidentes de suposto maus-tratos no reformatório de Darwin "poderiam equivaler à tortura ou a um tratamento desumano degradante e cruel sob qualquer circunstância".

Os aborígenes entre 10 e 17 anos de idade representam 59% da população carcerária na Austrália, um país de 23 milhões de habitantes, dos quais cerca de 450 mil são aborígenes, segundo dados da Anistia Internacional.

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