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EUA promete cuidar de vítimas do coronavírus sem plano de saúde

O secretário federal, Alex Azar, informa que a chamada lei Cares prevê 100 bilhões de dólares para grupos de assistência médica

População dos Estados Unidos é uma das mais afetadas pela pandemia, atualmente (Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images)

População dos Estados Unidos é uma das mais afetadas pela pandemia, atualmente (Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images)

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AFP

Publicado em 4 de abril de 2020 às 10h33.

O secretário federal de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, informa que a chamada lei Cares prevê 100 bilhões de dólares para grupos de assistência médica, que "ficarão proibidos de cobrar atendimento a pessoas não seguradas" vítimas do coronavírus.

Os milhões de cidadãos americanos que não têm plano de saúde serão assistidos pelo governo federal caso sejam vítimas do novo coronavírus, garantiu nesta sexta-feira, 03, o secretário.

Ele disse aos jornalistas que a chamada lei Cares, um pacote de medidas para enfrentamento do coronavírus aprovado pelo Congresso, prevê 100 bilhões de dólares para grupos de assistência médica.

O plano prevê que hospitais e profissionais de saúde receberão o reembolso das tarifas do Medicare, um programa de assistência médica para pessoas idosas.

Azar acrescentou que pessoas que perderam o emprego recentemente e ficaram sem o seguro de saúde poderão se inscrever para receber atendimento médico pelo Affordable Care Act, aprovado pelo então presidente Barack Obama.

Os últimos dados oficiais revelam que 27,5 milhões de pessoas estão sem plano de saúde ou seguro médico nos Estados Unidos, mas tal número deve ser muito superior, já que quase 10 milhões de pessoas apresentaram pedido de seguro desemprego nas últimas duas semanas.

Ao contrário de muitos países, os EUA não têm um sistema universal de saúde, e vincula a assistência médica da população aos empregadores.

Um seguro federal, o Medicaid, existe para as pessoas em situação de pobreza, mas muitos cujos trabalhos não oferecem plano de saúde estão fora da cobertura estatal porque seus salários superam o patamar, apesar da incapacidade de adquirir um seguro médico no mercado.

Os especialistas têm advertido que os não segurados podem evitar a procura de tratamento, se expondo a um maior risco e alimentando a propagação da doença.

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