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EUA destinarão US$ 32 milhões à crise de refugiados rohingyas

Com a quantia, a ajuda humanitária dada pelos EUA aos deslocados em Mianmar e refugiados em toda a região chega a quase US$ 95 milhões

Rohingyas: o secretário de Estado dos EUA pediu que a líder birmanesa afronte as "preocupantes" denúncias de abusos de direitos humanos em Mianmar (Cathal McNaughton/Reuters)

Rohingyas: o secretário de Estado dos EUA pediu que a líder birmanesa afronte as "preocupantes" denúncias de abusos de direitos humanos em Mianmar (Cathal McNaughton/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 14h26.

Nova York - O Governo dos EUA anunciou nesta quarta-feira uma ajuda adicional de US$ 32 milhões em assistência humanitária aos milhares de muçulmanos rohingyas que fugiram de Mianmar para Bangladesh.

O Departamento de Estado anunciou em um comunicado a ajuda em coincidência com a realização dos debates da Assembleia Geral da ONU em Nova York, cujo um dos principais temas neste ano é precisamente reforçar a assistência humanitária às emergências em curso.

Os novos fundos "refletem o compromisso americano em ajudar a enfrentar a magnitude sem precedentes do sofrimento e das necessidades urgentes do povo rohingya", indicou o Departamento de Estado.

Com os 32 milhões anunciados hoje, a ajuda humanitária dada pelos EUA aos internamente deslocados em Mianmar e refugiados em toda a região chega a quase US$ 95 milhões no atual ano fiscal.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, pediu ontem à líder de fato birmanesa, Aung Sang Suu Kyi, que afronte as "preocupantes" denúncias de abusos de direitos humanos em Mianmar, além de facilitar a ajuda humanitária aos deslocados.

Tillerson, que está em Nova York por conta dos debates da Assembleia Geral da ONU, conversou por telefone com Suu Kyi para "falar sobre a crise humanitária".

Durante essa chamada, Tillerson "pediu ao Governo e às forças armadas birmanesas que facilitem ajuda humanitária às pessoas deslocadas nas áreas afetadas e que afrontem as denúncias profundamente preocupantes de abusos de direitos humanos e violações", segundo o Departamento de Estado.

Suu Kyi condenou ontem qualquer violação de direitos humanos que tenha sido cometida contra os muçulmanos rohingyas e expressou sua preocupação pelo êxodo de centenas de milhares de membros desta comunidade a Bangladesh.

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