Leopoldo López, líder oposicionista histórico reapareceu em Caracas ao lado de Juan Guaidó nas manifestações de terça-feira, 30 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de maio de 2019 às 18h45.
Última atualização em 2 de maio de 2019 às 18h52.
Madri — O governo da Espanha informou nesta quinta-feira, 2, em comunicado, que não tem intenção de entregar o líder opositor Leopoldo López à Justiça da Venezuela após a ordem de prisão decretada pelo Tribunal Supremo do país sul-americano.
No texto, o governo espanhol disse que López, a esposa e a filha do casal, de um ano, estão na residência do embaixador do país europeu em Caracas por vontade própria e como "hóspedes".
A Espanha pediu ainda que as autoridades venezuelanas respeitem a inviolabilidade da residência do embaixador.
Além disso, o governo espanhol admite na nota oficial que a ordem de prisão foi "um movimento judicial esperado".
López, que apoiou na terça-feira uma fracassada tentativa de levante militar contra o governo de Nicolás Maduro, teve revogada a medida de prisão domiciliar que cumpria "por violá-la flagrantemente", segundo uma nota de imprensa divulgada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
A alta corte alega que o opositor, preso desde 2014 e sentenciado a quase 14 anos, também violou "a medida referente à condição relativa a pronunciamentos políticos por meios (de comunicação) convencionais e não convencionais, nacionais e internacionais, demonstrando com isso a não sujeição às medidas".
Poucas horas antes, o ministro das Relações Exteriores espanhol interino, Josep Borrell, disse à Efe que López está na residência do embaixador da Espanha na Venezuela como "hóspede" e que "não está como asilado" até que sejam esclarecidos "os passos a seguir".