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Escândalo de abuso infantil choca Paquistão

Os pais no centro de escândalo de abuso infantil acusaram a polícia de não ter feito o suficiente para desmantelar grupo de pedófilos

Militares no Paquistão: filmagens eram vendidas ou usadas para chantagear as famílias empobrecidas (Faisal Mahmood/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 16h32.

Husain Khan Wala - Os pais no centro de um escândalo de abuso infantil crescente no Paquistão acusaram a polícia nesta segunda-feira de não ter feito o suficiente para desmantelar um grupo de pedófilos na província de Punjab, berço político do primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif.

Os moradores de Husain Khan Wala, vilarejo no centro de Punjab, disseram à Reuters que durante anos uma família local proeminente forçou crianças a praticarem atos sexuais gravados em vídeo.

A filmagens eram vendidas ou usadas para chantagear as famílias empobrecidas.

Rubina Bibi conta que seu filho de 13 anos foi uma das vítimas, mas que quando tentou apresentar uma queixa na delegacia de polícia de Ganda Singh Wala, um mês atrás, “o escrivão me disse para eu deixar o recinto, e fui atirada para fora”.

“Meu filho está nos vídeos, é uma vítima”, afirmou. “Nossas crianças foram forçadas a isto. Foram humilhadas. Mas a polícia está tratando-as como criminosos.”

Outra mãe, Shakila Bibi, declarou: “Fui apresentar uma queixa na delegacia de polícia, mas ao invés de registrar (a queixa), puseram meu filho sob custódia”.

Seu filho de 15 anos ainda está na prisão, disse.

Se um inquérito revelar um trabalho policial inadequado ou cumplicidade, o escândalo pode envolver o governo provincial, encabeçado pelo irmão do premiê.

O chefe do distrito policial, Rai Babar, afirmou que a corporação irá agir de maneira decisiva.

"Garanto a vocês que estamos levando isto muito a sério e que haverá uma investigação justa e muito transparente”, declarou ele à Reuters.

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Os moradores de Husain Khan Wala, vilarejo no centro de Punjab, disseram à Reuters que durante anos uma família local proeminente forçou crianças a praticarem atos sexuais gravados em vídeo.

A filmagens eram vendidas ou usadas para chantagear as famílias empobrecidas.

Rubina Bibi conta que seu filho de 13 anos foi uma das vítimas, mas que quando tentou apresentar uma queixa na delegacia de polícia de Ganda Singh Wala, um mês atrás, “o escrivão me disse para eu deixar o recinto, e fui atirada para fora”.

“Meu filho está nos vídeos, é uma vítima”, afirmou. “Nossas crianças foram forçadas a isto. Foram humilhadas. Mas a polícia está tratando-as como criminosos.”

Outra mãe, Shakila Bibi, declarou: “Fui apresentar uma queixa na delegacia de polícia, mas ao invés de registrar (a queixa), puseram meu filho sob custódia”.

Seu filho de 15 anos ainda está na prisão, disse.

Se um inquérito revelar um trabalho policial inadequado ou cumplicidade, o escândalo pode envolver o governo provincial, encabeçado pelo irmão do premiê.

O chefe do distrito policial, Rai Babar, afirmou que a corporação irá agir de maneira decisiva.

"Garanto a vocês que estamos levando isto muito a sério e que haverá uma investigação justa e muito transparente”, declarou ele à Reuters.

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