Exame Logo

Embaixador norte-coreano critica Malásia após expulsão do país

A ordem de expulsão foi emitida depois que o diplomata rejeitou se desculpar por suas críticas à investigação sobre a morte Kim Jong-nam

Kang Chol: o diplomata foi declarado pessoa "non grata" pelo Executivo malaio (Lai Seng Sin/Reuters)
E

EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 09h31.

Bangcoc - O embaixador da Coreia do Norte em Kuala Lumpur, Kang Chol, disse nesta segunda-feira que sua expulsão da Malásia "está danificando gravemente as relações bilaterais", quando chegou ao aeroporto para deixar o país pouco antes do prazo dado pelas autoridades malaias.

O diplomata, que no sábado foi declarado pessoa "non grata" pelo Executivo malaio, expressou estar "gravemente preocupado pela extrema medida" tomada após o suposto assassinato de Kim Jong-nam, irmão mais velho do atual líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Kuala Lumpur.

Veja também

"A Malásia está danificando gravemente as relações bilaterais que mantivemos durante mais de 40 anos", manifestou Kang Chol na porta do terminal de saídas do aeroporto, segundo a "Channel News Asia".

A ordem de expulsão foi emitida depois que o diplomata rejeitou se desculpar por seus comentários críticos à investigação da morte em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, irmão mais velho do atual líder norte-coreano, Kim Jong-un, e não comparecer a uma reunião convocada pelo chanceler malaio.

O emissário qualificou de "parciais" as investigações que concluíram que Kim Jong-nam morreu em 13 de fevereiro após ser atacado no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres.

Pyongyang sustenta que a morte foi causada por um ataque cardíaco e acusou as autoridades malaias de conspirar com seus inimigos.

O vice-primeiro-ministro da Malásia, Ahmad Zahid Hamidi, acusou Kang Chol de querer manipular o crime, que segundo as autoridades da Coreia do Sul foi cometido por incumbência de agentes norte-coreanos.

Até o momento, as autoridades malaias detiveram e acusaram por assassinato duas mulheres, uma indonésia e um vietnamita.

Também foi detido um químico norte-coreano que foi libertado sem acusações e deportado a seu país na sexta-feira.

Além disso, procuram quatro norte-coreanos que fugiram do país no mesmo dia do crime acusados de planejarem a ação e recrutar as duas mulheres, e um funcionário da companhia aérea estatal norte-coreana Koryo que teria se refugiado na embaixada.

As autoridades malaias igualmente pediram um encontro com o segundo secretário da embaixada norte-coreana, que goza de imunidade diplomática, e que foi visto junto ao funcionário da Koryo se despedindo no aeroporto dos quatro suspeitos.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteDiplomaciaMalásia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame