Mundo

Eleições na Argentina: que horas começa a apuração dos votos?

A Argentina tem 35 milhões de pessoas aptas a votar, segundo dados do Ministério do Interior. Destes, 13 milhões (37% do total) estão na província de Buenos Aires

Argentina: disputa deve ser acirrada (Luciano Padua/Exame)

Argentina: disputa deve ser acirrada (Luciano Padua/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 19 de novembro de 2023 às 15h15.

Última atualização em 19 de novembro de 2023 às 18h05.

Os argentinos estão votando neste domingo, 19, para escolher quem será o próximo presidente do país. A disputa está entre o peronista e atual ministro da economia, Sergio Massa, e o deputado e ultraliberal, Javier Milei. Os dois candidatos já votaram e mais de 45% do eleitorado foi às urnas até às 14h. A participação, apesar do feriado no país na segunda-feira, está em linha com o que foi no primeiro turno.

A Argentina tem 35 milhões de pessoas aptas a votar, segundo dados do Ministério do Interior. Destes, 13 milhões (37% do total) estão na província de Buenos Aires, que circunda a capital. A votação termina às 18h -- o horário em Buenos Aires é o mesmo de Brasília --, horário que começa a contagem dos votos. Segundo as autoridades eleitorais argentinas, aqueles que estiverem dentro dos locais antes do horário de encerramento poderão permanecer por mais alguns minutos até chegar a sua vez de votar. É esperado que o resultado seja divulgado entre 21 horas e 22 horas. 

Durante o segundo turno, Milei buscou amenizar o seu discurso radical para buscar apoios e ampliar o seu eleitorado. Ele conseguiu atrair Patricia Bullrich, a terceira colocada na votação do primeiro turno, e o ex-presidente Maurício Macri. A decisão da dupla, porém, rachou a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, que não apoiou Milei.

Do lado de Sergio Massa, o candidato da situação se manteve afastado de figuras tradicionais do peronismo, como Cristina Kirchner, e o atual presidente, Alberto Fernandez. No único debate deste segundo turno, Massa se saiu melhor que o seu adversário. A estratégia do peronista foi explorar falhas e inconsistências do rival, o que funcionou durante boa parte do debate.

Em uma batalha de rejeição, a decisão para quem vai ocupar a Casa Rosada deve ser acirrada e definida pelos indecisos. Nas últimas pesquisas, esse grupo do eleitorado oscilou entre 5% e 18%. Segundo os levantamentos, cerca de 40% dos eleitores não se identificam com nenhum dos dois candidatos.

A última pesquisa divulgada foi da AtlasIntel, na sexta-feira, 10. No levantamento da empresa, que acertou o primeiro turno, Milei liderava com 52,1% das intenções nos votos válidos, contra 47,9% de Sergio Massa. Na pesquisa, 6,7% do total responderam não saber em qual candidato escolheriam ou que votariam branco ou nulo. Em entrevista à EXAME, o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, avaliou que o candidato ultraliberal deve levar 80% dos votos de Bullrich e teve poucos danos por ir mal em debate. No primeiro turno, Massa teve 37% dos votos, seguido de Milei, com 30%.

Tem pesquisa boca de urna na eleição da Argentina?

Não, a Justiça eleitoral do país proíbe a divulgação de qualquer tipo de pesquisa antes e durante a votação. Segundo a legislação do país, o prazo final para a divulgação de pesquisas oficiais foi na sexta-feira, 10. Assim, não serão divulgados novos estudos sobre a preferência do eleitorado na reta final da campanha. Internamente, as campanhas e institutos seguem fazendo pesquisas reservadas. EXAME apurou que os resultados encontrados estão em linha com os divulgados até o dia 10.

Que horas sai o resultado da eleição da Argentina?

O resultado da disputa entre Sergio Massa e Javier Milei deve ser divulgado entre 20h e 21h.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaEleições

Mais de Mundo

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei

Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio