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Eleições na Argentina: oposição processa Sergio Massa e o acusa de usar poder do cargo na campanha

Candidato a presidente também é ministro da Economia e anunciou várias medidas, apelidadas de 'plan platita'

Sergio Massa: candidato à presidente se manteve no cargo de ministro durante a campanha (AFP/AFP)

Sergio Massa: candidato à presidente se manteve no cargo de ministro durante a campanha (AFP/AFP)

Publicado em 7 de novembro de 2023 às 16h28.

Última atualização em 9 de novembro de 2023 às 16h12.

Integrantes do partido Republicanos Unidos entraram na Justiça da Argentina contra Sergio Massa, candidato à Presidência e ministro da Economia, e o acusam de usar o poder de seu cargo para tentar conquistar votos, algo vetado pela lei eleitoral do país.

O processo foi apresentado em 2 de novembro, e complementado no domingo, dia 5. Ao todo, a ação lista dez ocasiões em que Massa teria tomado medidas de governo com fins eleitorais.

Entre as ações questionadas, estão um programa de redução de taxas para pequenas e médias empresas, de devolução de imposto para consumidores e de benefícios para produtores de uvas e amendoim

A lei eleitoral na Argentina proíbe que governantes lancem planos ou programas de benefício coletivo nos 25 dias antes da votação que tenham fins eleitorais. A proibição inclui "a realização de todo ato de governo que possa promover o direcionamento da votação a favor de um candidato ou de seus partidos".

Em caso de condenação, a pena pode levar à inabilitação para ocupar cargos por um a dez anos. Não há previsão, no entanto, para que a ação seja julgada.

"Fizeram campanha com o 'plan platita', usaram o transporte público para uma campanha de medo e agora violam o código eleitoral", disse o deputado Roberto Moritán, integrante do partido, ao jornal Clarín. O partido, de orientação liberal, foi criado em 2020 e, nas eleições deste ano, se aliou ao Juntos por El Cambio em algumas cidades e ao Liberdade Avança, de Javier Milei, em outras.

A oposição apelidou de "plan platita" (plano dinheirinho) as medidas de Massa que deram algum dinheiro extra aos argentinos na véspera das eleições. Moritán se referia também a uma série de cartazes espalhados em estações de trem, por sindicatos, com mensagens de que o preço das passagens subiria muito se um nome da oposição, como Javier Milei ou Patricia Bullrich, fossem eleitos.

Quando será o segundo turno na Argentina?

A votação será no dia 19 de novembro. Sergio Massa disputa o segundo turno das eleições argentinas com Javier Milei. Neste domingo, 12, haverá um debate na TV entre os dois. As últimas pesquisas mostram uma disputa apertada entre os dois, com leve vantagem para Milei.

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