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E-mailgate: o pesadelo de Hillary

A polêmica dos e-mails da presidenciável democrata Hillary Clinton parecia terminada, mas o chamado e-mailgate ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, a menos de duas semanas das eleições de 8 de novembro. O FBI, a agência de inteligência americana, anunciou que vai reabrir as investigações sobre o uso feito por Hillary de seu servidor pessoal […]

HILLARY EM CAMPANHA NESTA SEXTA: sua eleição, garantida até há pouco, pode estar virando abóbora  / Brian Snyder/ Reuters

HILLARY EM CAMPANHA NESTA SEXTA: sua eleição, garantida até há pouco, pode estar virando abóbora / Brian Snyder/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 17h50.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h42.

A polêmica dos e-mails da presidenciável democrata Hillary Clinton parecia terminada, mas o chamado e-mailgate ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, a menos de duas semanas das eleições de 8 de novembro. O FBI, a agência de inteligência americana, anunciou que vai reabrir as investigações sobre o uso feito por Hillary de seu servidor pessoal de e-mail, quando ela ainda era secretária de Estado, entre 2009 e 2013.

Em junho, o FBI havia concluído as investigações e recomendado à justiça que o caso fosse encerrado sem acusações criminais. Ainda assim, o diretor da instituição, James Comey, disse que Hillary e seus funcionários foram “extremamente descuidados” no trato com informações confidenciais do governo.

Agora, numa carta enviada ao Congresso nesta tarde, Comey afirma que encontrou novos e-mails “pertinentes à investigação”. O conteúdo foi descoberto em dispositivos móveis do congressista democrata Anthony Weiner e de sua esposa Huma Abedin, assessora de Hillary. Por enquanto, não há nenhuma conexão com as mensagens vazadas pelo WikiLeaks e por hackers russos nos últimos meses, que incluíam conteúdo confidencial do Partido Democrata.

 

Por outro lado, muitos criticaram a falta de clareza do comunicado do FBI. Em seu twitter, o economista Paul Krugman disse que Comey precisa fornecer “informações completas imediatamente” ou a intervenção terá sido “partidária”. Jon Favreau, ex-porta voz de Obama, disse duvidar que o caso será tratado “de forma responsável”. O presidente da Câmara, o republicano, Paul Ryan, afirmou que Hillary “traiu a confiança” do país, enquanto o presidenciável Donald Trump disse que a rival chegou a um nível de corrupção “nunca antes visto”.

No momento, Hillary está cerca de cinco pontos à frente de Trump na corrida presidencial, segundo a média do site Real Clear Politics – ela tem 47,3% das intenções de voto contra 42,1% do adversário. Segundo o site de análise política Fivethirtyeight, Trump tem 18% de chances de chegar à Casa Branca As novas investidas do FBI certamente vão alterar esse quadro

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